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Economia portuguesa deverá crescer 2,2% em 2005

A economia portuguesa deverá crescer 2,2% no próximo ano, uma aceleração face ao crescimento de 1,5% previsto para 2004, segundo as previsões da Organização para a Cooperação e para o Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgadas hoje.

30 de Novembro de 2004 às 10:36
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A economia portuguesa deverá crescer 2,2% no próximo ano, uma aceleração face ao crescimento de 1,5% previsto para 2004, segundo as previsões da Organização para a Cooperação e para o Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgadas hoje.

Os dados hoje apontam para uma revisão mais optimista para este ano mas mais modesta para 2005, já que no passado mês de Setembro a OCDE previra que o PIB nacional crescesse 0,8% em 2004 e registasse uma expansão de 2,4% no próximo ano.

Em 2006, a aceleração da economia deverá ser mais significativa, estimando a OCDE que o PIB cresça a um ritmo 2,8%.

Ainda assim, a organização sedeada em Paris sublinha que apesar desta aceleração do crescimento económico, Portugal continuará a não operar ao nível máximo do seu produto potencial.

Assim, o desemprego apenas sentirá os efeitos do crescimento da economia em 2006. Depois de o ano passado a taxa de desemprego se ter fixado nos 6,3%, no final de 2004, a OCDE prevê que a taxa se situe nos 6,5%. No próximo ano, o desemprego ainda deverá aumentar (6,6%) para em 2006 cair para uma taxa de 6,1%. Em Setembro, a OCDE estimava que a taxa de desemprego aumentasse para 6,6% este ano e recuasse para 6,1% em 2005.

Depois do período de recessão verificado em 2003 (em que o PIB registou uma queda de 1,2%), a recuperação da economia, segundo a OCDE far-se-á, essencialmente, à custa da procura interna.

A Organização prevê para 2004 um crescimento de 1,9% da procura, depois de ter registado uma quebra de 2,8% em 2003. Para 2005 e 2006, a procura interna irá registar um crescimento de 2,2% e 3,2%, respectivamente.

Já o contributo externo líquido, depois de uma variação positiva em 2003 (1,8%), deverá voltar a valores negativos no triénio seguinte: menos 0,5% em 2004; menos 0,2% em 2005 e menos 0,6% em 2006.

Assim, o défice externo deverá voltar a deteriorar-se depois de, em 2003, ter registado um valor de 5,1% do PIB.

Em termos orçamentais a OCDE lembra que os problemas portugueses se mantêm e só o recurso a receitas extraordinárias têm permitido manter o «buraco» nas contas públicas abaixo dos 3% do PIB.

Assim, em 2004, Portugal deverá registar um défice orçamental de 2,9% do PIB; em 2005, o défice deverá deteriorar-se numa décima de ponto percentual e em 2006, deverá saltar para os 3,8% do PIB.

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