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Direcção-geral dos Impostos cobiçada por 11 candidatos

O cargo de director-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), actualmente encabeçada por José Azevedo Pereira, recebeu 11 candidaturas

Bruno Simão/Negócios
14 de Fevereiro de 2014 às 15:02
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Há 11 pessoas interessadas em suceder a José Azevedo Pereira à frente dos destinos da direcção-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), a super-estrutura que gere a liquidação e cobrança dos impostos em Portugal.

 

O número foi avançado ao Negócios por fonte oficial da CRESAP, a estrutura que faz a gestão dos concursos para cargos superiores do Estado, um dia depois de ter fechado o prazo de candidatura.

 

Os nomes não são revelados, sabendo-se apenas que entre as 11 candidaturas formalizadas não constará a de José Azevedo Pereira, que optou por não avançar a mais um mandato.

 

Ao todo foram abertos concursos para os 17 lugares cimeiros na Administração Tributária, dos mais cobiçados e mais bem remunerados no Estado Central e que nos últimos meses foram sendo abandonados por vários dirigentes históricos que pediram a reforma antecipada.

 

O balanço feito até ao momento é parcial, até porque os prazos cessam em dias diferentes, tendo a CRESAP remetido um balanço global para a próxima segunda-feira.

 

Para já, é possível adiantar que o cargo de subdirector-geral para a área dos Recursos Humanos é o mais concorrido até ao momento, com 13 candidatos, seguido da área dos Sistemas de Informação, com 12 candidaturas. O lugar de director do Centro de Estudos Fiscais (CEF), que vai ser abandonado por Mário Alexandre, conta com 11 interessados. A Inspecção Tributaria é disputada por nove pessoas.

 

O concurso devia ter sido aberto em meados de 2013 mas o atraso do Ministério das Finanças acabou por fazê-lo resvalar para o início de 2014, numa altura em que todo o processo já devia estar concluído.

 

As condições do concurso exigem formação de base em economia, gestão, engenharia ou direito, e formação específica em fiscalidade, gestão, finanças, contabilidade ou economia, consoante os casos.

 

Em todos os casos é dada preferência a "experiência relevante na administração e gestão de organizações de grande dimensão", sendo que no caso de director-geral, essa experiência deverá acumular já 12 anos (nos restantes são oito anos). Os concursos estão abertos até ao próximo dia 13 de Fevereiro.

 

Os procedimentos concursais foram criados pelo actual Governo com o argumento de que é necessário despolitizar os cargos dirigentes no Estado, e torná-los acessíveis a todos os cidadãos que cumpram os requisitos. Cabe à CRESAP lançar os concursos (cujas condições são da responsabilidade do Governo), avaliar os candidatos, mas é o Governo quem tem a última palavra sobre quem fica, escolhendo entre três nomes.

 

Para já, é tempo de a CRESAP avaliar as candidaturas recebidas.

 

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