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Dilma responsabiliza EUA e Europa pela instabilidade cambial

A presidente Dilma Rousseff afirmou na quinta-feira à noite, no Peru, que a "insensatez" e "incapacidade política" dos Estados Unidos e União Europeia são uma "ameaça global".

29 de Julho de 2011 às 14:22
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A presidente Dilma Rousseff afirmou na quinta-feira à noite, no Peru, que a "insensatez" e "incapacidade política" dos Estados Unidos e União Europeia são uma "ameaça global", noticia hoje a imprensa brasileira.

As declarações foram feitas no âmbito da reunião extraordinária da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), realizada no final da noite de quinta-feira (madrugada de hoje em Lisboa), após a cerimónia de tomada de posse do novo presidente Ollanta Humala, em Lima, capital peruana.

No seu discurso, a presidente brasileira apelou ainda às nações latino-americanas para se unirem para fazer frente ao "mar extraordinário de liquidez" que, segundo ela, vem dos países desenvolvidos rumo às nações emergentes, em busca de maior rentabilidade.

Após o encontro, os principais líderes latino-americanos decidiram que farão uma nova reunião em Buenos Aires, nos dias 11 e 12 de Agosto, para estudar medidas conjuntas de protecção contra operações especulativas.

Os mandatários latino-americanos anunciaram ainda que convidarão o México para se aliar aos esforços conjuntos da região. A Unasul é formada por 12 países da América do Sul e não inclui o México.

Entre as medidas possíveis a serem adoptadas estão políticas de financiamento para exportações, além de esforços para aumentar a integração económica entre os países membros do novo bloco, constituído em 2008.

Para Dilma, a intensificação do comércio regional será importante para criar uma protecção também à grande entrada de produtos asiáticos que está a comprometer a indústria e os empregos locais.

Segundo o diário "Folha de São Paulo", a equipe económica do governo brasileiro prepara-se para ter de lidar com a incerteza gerada pela instabilidade financeira norte-americana ainda por alguns meses.

O Brasil já teve de adoptar diversas medidas até ao momento para tentar conter a queda do dólar frente à moeda local.

Esta semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, decidiu aumentar os impostos que incidem sobre operações de derivativos no Brasil. A medida afecta igualmente os investidores brasileiros e estrangeiros.

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