Os gastos pelo Estado em deslocações ao estrangeiro, compras de automóveis e de edifícios não integrados em projectos de investimento representam desperdícios na ordem dos 118,46 milhões de euros (23,75 milhões de contos) anuais.

Segundo as medidas propostas hoje pelo ministro das Finanças, Joaquim Pina Moura, no âmbito do Programa de Redução da Despesa Pública (PRDP), a redução dos gastos ligados à compra de viaturas por serviços e organismo afectos à Administração Pública vai permitir poupar cerca de 2,5 milhões de euros (500 mil contos) anuais.

Uma outra medidas aposta no congelamento das aquisições de material de transporte, restringindo as compras a veículos militares e de assistência médica, o que deverá permitir ao Estado poupar 18,46 milhões de euros (3,7 milhões de contos) por ano.

Relativamente às deslocações de delegações oficiais ao estrangeiro, o Estado gasta actualmente mais 14,96 milhões de euros (3 milhões de contos) do que aquilo que poderia, uma situação que será corrigida com efeitos imediatos, segundo o plano apresentado hoje pelo titular da pasta das Finanças.

O congelamento das aquisições de edifícios que não estejam integrados em projectos de investimento até final do próximo ano deverá permitir ao Executivo uma poupança na ordem dos 79,81 milhões de euros (16 milhões de contos) anuais, segundo o referido programa.

O reconhecimento implícito de que estas medidas representam um desperdício de meios por parte do Estado foi reforçada com a 47ª medida apresentada por Pina Moura, que aponta para a realização de auditorias externas aos serviços, o que significa que os mesmos não eram controlados até este momento por entidades independentes.