O mercado de trabalho em Portugal está a ceder à crise económica de forma cada vez mais visível. No final de Março, havia 484.131 desempregados inscritos nos centros de emprego, mais 23,8% do que no ano passado.

Tratou-se do aumento mais significativo desde Setembro de 2003 e afectou, sobretudo, os trabalhadores da construção civil e da indústria pesada, sectores muito fustigados pelo abrandamento da actividade económica.

O agravamento do desemprego faz-se sentir desde o Verão do ano passado, quando o número de desempregados inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional começou a aumentar em termos mensais. Mas nunca como em Março de 2009 houve um aumento tão grande das pessoas que pela primeira vez se declararam nos centros de emprego. O número de novos inscritos cresceu 53% em comparação com o ano passado, em resultado do aumento dos despedimentos de pessoal com contratos precários ou que aceitou sair por mútuo acordo.