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Desemprego, doença e divórcio explicam incumprimento no crédito

São cada vez mais os portugueses com a corda na garganta. O excesso de endividamento é um dos principais problemas com que as famílias se deparam, num período em que o desemprego se encontra acima dos 7% e os encargos com os créditos contraídos estão a su

15 de Março de 2007 às 11:43
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Os empréstimos cedidos para a compra de habitação contabilizavam, no final do ano passado, 91,5 mil milhões de euros, o que representa mais 12,3 mil milhões do que em 2005. E do total, mais de um milhão de euros já consta nos registos do Banco de Portugal como crédito mal-parado. Mas é no crédito ao consumo que se observa o crescimento mais acentuado, com 378 milhões de euros em falta no pagamento às instituições financeiras.

Natália Nunes, do gabinete de apoio ao sobreendividado da DECO, revelou ao Jornal de Negócios que no ano passado chegaram ao gabinete 905 pedidos de ajuda por excesso de endividamento face ao rendimento disponível. O desemprego, doença ou o divórcio são os motivos mais comuns para colocar as pessoas em situação financeira difícil. A especialista explica que, em muitos casos, as pessoas quando chegam à DECO já têm uma taxa de esforço de 100% ou mais, o que é o mesmo que dizer que o rendimento disponível é insuficiente para fazer face aos encargos com os créditos contraídos. Em média, quem ali chega tem mais de quatro empréstimos contraídos (para a casa, carro e créditos ao consumo).

O mesmo cenário é traçado por Teresa Ferreira, do Gabinete de Orientação ao Endividamento dos Consumidores (GOEC). O gabinete foi criado no final do ano passado para orientar as pessoas antes de contraírem empréstimos e já recebeu 200 pedidos de apoio. Mas ao contrário do que seria desejável, a maioria das pessoas que contactou o gabinete já se encontra com dificuldades financeiras. E dá o exemplo de um consumidor, acabado de sair do gabinete, com mais de oito créditos contraídos e em que o valor da dívida totaliza 30.000 euros. Na sua opinião, os consumidores deixam-se levar pelo excesso de "facilitismo" no acesso ao crédito.

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