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Défice e dívida da Zona Euro com forte subida em 2020
No ano passado, tanto o défice como a dívida da Zona Euro e da União Europeia subiram significativamente face aos dados de 2019.
Os dados revelados pelo Eurostat, o gabinete de estatística da União Europeia, indicam uma subida do défice, tanto na Zona Euro como na União Europeia, justificada pelas medidas necessárias para responder à pandemia de covid-19.
Na Zona Euro, o défice dos governos subiu de 0,6% em 2019 para 7,2% no ano passado. Já na União Europeia foi registado um aumento dos 0,5% em 2019 para os 6,9% em 2020.
O Eurostat nota que, no ano passado, todos os Estados-membros reportaram um défice. Os maiores défices foram apresentados por Espanha (-11%), Malta (-10,1%), Grécia (-9,7%), Itália (-9,5%) ou Bélgica (-9,4%). À exceção da Dinamarca, que registou um défice abaixo de 1%, todos os Estados-membros contabilizaram défices com um peso acima de 3% do PIB - acima daquilo que ditam as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Devido ao contexto de pandemia, estas regras orçamentais estão suspensas até 2022.
Portugal passou de um excedente em 2019, de 0,1%, para um défice de 5,7% no ano passado. A dívida pública portuguesa agravou-se, passando dos 116,8% do PIB para os 133,6% do PIB.
Estónia e Luxemburgo com menor dívida face ao PIB
Os dados divulgados esta quinta-feira dão conta de uma subida da dívida pública nos vários Estados-membros. O grupo de países com os rácios mais baixos de dívida pública face ao PIB foi encabeçado pela Estónia (18,2%) e Luxemburgo (24,9%), seguido por países como a Bulgária (25%), República Checa (38,1%) e a Suécia (39,9%).
Já 14 Estados-membros registaram rácios de dívida pública acima da fasquia de 60% do PIB, grupo onde está presente Portugal. A Grécia registou um significativo agravamento da dívida face aos dados de 2019: nesse ano, a dívida pública representava 180,5% do PIB; no ano passado elevou-se paa 205,6% do PIB.
Seguem-se países como a Itália (155,8%), Portugal (133,6%), Espanha (120%), Chipre (118,2%), França (115,7%) e Bélgica (114,1%).
(notícia atualizada)