Os líderes mundiais presentes em Davos emitiram, esta tarde, um comunicado, onde se comprometeram a cumprir os prazos dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio das nações Unidas. 2008 deverá ser o ano de viragem na luta contra a pobreza mundial.

Nesta luta as empresas vão passar a desempenhar um papel fundamental. As maiores companhias mundiais vão constituir parcerias público-privadas para ajudar as Nações Unidas a cumprir os objectivos do Milénio (ver quadro).

Estas empresas – que vão estar reunidas em Londres, no próximo mês de Maio, para apresentar os seus projectos – vão ajudar "um bilião de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia", disse Gordon Brown, primeiro-ministro britânico.

"Não podemos dizer às crianças que vão ter que esperar mais um século pela nossa intervenção", afirmou Brown, um dos signatários deste comunicado.

"Falo para os mais vulneráveis às alterações climáticas e para os que mais sofrem com a pobreza. Vamos deixar que 2008 seja o ano destas pessoas", afirmou o secretario-geral das Nações Unidas.

"Todos concordamos que é a altura de passarmos das promessas à acção", disse a Rainha Rania da Jorrdânia.

John Chambers, presidente executivo da Cisco, acredita que com o apoio das empresas vai ser possível alcançar o que até agora não foi possível.

"Na cimeira do Milénio em 2000 a comunidade internacional comprometeu-se a não poupar esforços para alcançar os sete Objectivos de Desenvolvimento do Milénio", refere o comunicado assinado hoje.

A "meio caminho" de 2015 – ano em que devem ser alcançados os objectivos do Milénio – já foi possível "resolver alguns problemas mas muitos ainda falta solucionar muitos outros". Davos recorda que 980 milhões de pessoas em todo o mundo continuam a viver com menos de um dólar por dia, 72 milhões de crianças não têm acesso a edução e cerca de meio milhão de mulheres continuam a morrer devido a problemas ligados à gravidez que podiam ser tratados e prevenidos.

"Sem um esforço adicional vamos falhar os objectivos do Milénio. 2008 é um ano critico. Hoje comprometemo-nos a tornar este ano um ponto de viragem na luta contra a pobreza, refere o comunicado.