Durante esta audiência, o primeiro-ministro foi constantemente questionado sobre o seu conhecimento das escutas telefónicas, sobre a contratação de Andy Coulson e sobre o seu relacionamento com os executivos da empresa de Rupert Murdoch, que detém a “News of the World”.

Segundo a CNN, Cameron negou ter tido qualquer tipo de “conversas inapropriadas” com Murdoch sobre os esforços deste último para comprar a emissora por satélite BSkyB. Cameron assumiu toda a responsabilidade pela contratação do ex-director da “News of the World” e defendeu que, no caso de se provar que Andy Coulson é culpado, o mesmo terá mentido, não só a ele, mas também à polícia e a um comité seleccionado da Press Complaints Commission.

Contudo, caso isto não se prove, Cameron diz que ir+a um apresentar um sincero pedido de desculpas ao arguido. O primeiro-ministro foi vaiado muitas vezes durante as suas intervenções, inclusive quando defendeu que qualquer pessoa é inocente até prova em contrário. Em duas destas interrupções, os deputados chegaram mesmo a ser chamados à atenção para deixarem David Cameron falar.

O primeiro-ministro lembrou ainda que estas revelações abalaram a confiança da população nos media, na polícia e nos políticos, pelo que é necessário eliminar as práticas ilegais. Cameron conclui que o povo britânico quer que o parlamento se foque no bem-estar de todos as vitimas deste escândalo que tiveram que reviver uma situação difícil da sua vida.