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Daniel Campelo sugere que viabiliza OE para 2002 (act)
O deputado independente Daniel Campelo afirmou hoje que a proposta de OE para 2002 «é globalmente correcta» e que um eventual chumbo seria «uma atitude de grande irresponsabilidade», sugerindo que vai viabilizar o documento na votação de amanhã.
Comentando a proposta de OE para 2002, Campelo referiu que «há uma aposta da diminuição das despesas e um redireccionamento, que reputo de muito louvável» no sentido de contribuir para o desenvolvimento do mundo rural.
O deputado por Ponte de Lima sublinhou que este «Governo tem falhado em questões fundamentais do país», referindo que o Executivo liderado por António Guterres «teria os seus dias contados» caso tivesse uma alternativa de Governo credível. Campelo sublinhou que o Executivo «governa por sopros e apesar de conter no seu seio bons ministros, não tem, no seu conjunto, uma linha de rumo com destino certo».
No entanto, face à actual situação económica «só um fanático ou um irresponsável é que pode lançar o país no caminho da instabilidade certa», sublinhando que «o derrube do Governo ou o chumbo simples das suas propostas seria «uma atitude de grande irresponsabilidade».
Campelo manifestou-se «razoavelmente satisfeito» com o cumprimento das promessas efectuadas pelo Governo aquando das negociações que antecederam a aprovação do OE para 2001, que também foi viabilizado pelo mesmo parlamentar.
Ao viabilizar o OE, indo contra o sentido de voto do partido pelo qual foi inicialmente eleito, Campelo afirmou estar a servir os interesses da população que o elegeu, estando, portanto, «a votar em consciência».
Apesar de ter deixado claro que iria viabilizar o OE, Campelo não revelou explicitamente se irá votar a favor do documento ou se se irá abster.
Todos os partidos da oposição mostraram-se relutantes em aprovar ou viabilizar aquele documento, sendo a principal crítica os pressupostos de crescimento da economia nacional no próximo ano de 2%, considerada demasiado optimista.
Com 115 deputados do seu lado, exactamente metade dos parlamentares na Assembleia da República (AR), o Governo socialista precisa de mais um voto a favor ou abstenção para aprovar o OE.
Daniel Campelo reclamava um reforço das verbas do Programa de Investimento e Despesas e Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para as regiões rurais do país.
A votação na generalidade do OE ocorre amanhã à tarde.