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Crude negoceia pela primeira vez acima dos 46 dólares
O crude continua a fixar sucessivos máximos anuais e o barril em Nova Iorque já está a ser negociado acima dos 46 dólares, perante especulações que a instabilidade gerada em torno do referendo sobre o governo de Hugo Chavéz, que ocorre no domingo na Venez
O crude continua a fixar sucessivos máximos anuais e o barril em Nova Iorque já está a ser negociado acima dos 46 dólares, perante especulações que a instabilidade gerada em torno do referendo sobre o governo de Hugo Chavéz, que ocorre no domingo na Venezuela, possa causar ainda mais interrupções de produção de petróleo.
O contrato de futuros do crude [CL1] com entrega em Setembro, atingiu hoje um valor máximo de 46,30 dólares (37,46 euros) por barril, seguindo agora a valorizar 1,58% para os 46,22 dólares (37,40 euros).
O contrato de «brent» [CO1] , com entrega no mesmo mês, atingiu também um novo valor máximo de 43,40 dólares (35,15 euros) na praça de Londres, estando agora a subir 1,91% para os 43,14 dólares (34,91 euros).
O «brent» já valorizou mais de 5% nos últimos cinco dias, o que significa o maior aumento semanal desde a semana que terminou dia sete de Maio.
A Venezuela vai ter um referendo sobre o governo de Hugo Chavéz no próximo Domingo e, ontem, milhares de ruidosos adeptos estiveram à porta do palácio presidencial, quando o presidente da Venezuela incentivou os seus apoiantes a votarem em massa no Domingo.
«Estamos certos da vitória, mas ninguém pode baixar a guarda. Às 5h00 da manhã as pessoas devem estar nos locais de voto», afirmou o presidente.
Antes do discurso de Chávez, centenas de milhares de opositores marcharam numa auto-estrada de Caracas, na maior mostra de força registada em meses.
Hugo Chávez está no poder há seis anos e o crescimento da pobreza junto da maioria da população venezuelana é uma das principais críticas apontadas há sua governação.
Para os seus críticos, o ex-militar, que em 1992 tinha encabeçado um golpe para destronar o anterior presidente, tem de ser rapidamente afastado para que os gastos públicos exagerados cessem, para que os investimentos estrangeiros retornem à Venezuela e para que as relações daquele país com os EUA melhorem significativamente.
A Venezuela foi a quarta maior fonte das importações de petróleo dos Estados Unidos da América durante os primeiros cinco meses do ano, segundo o Departamento de Energia.
A produção de petróleo, exportações e receitas foram prejudicadas no ano passado depois de opositores do presidente venezuelano terem feito uma greve para o tirarem do poder.
As exportações de petróleo no Iraque foram reduzidas a Sul do país onde as tropas travam uma luta contra os militantes xiitas.