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Crise trava investimentos e afecta sector da energia na Europa

A actual crise económico-financeira internacional está a comprometer o sector das utilities , atrasando os investimentos e aumentando o preço da energia, de acordo com a 10ª Edição do Observatório Europeu de Energia realizado pela Capgemini. A consultora antecipa "sérias dificuldades nos mercados de energia europeus quando a recessão terminar".

24 de Novembro de 2008 às 13:59
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A actual crise económico-financeira internacional está a comprometer o sector das “utilities”, atrasando os investimentos e aumentando o preço da energia, de acordo com a 10ª Edição do Observatório Europeu de Energia realizado pela Capgemini. A consultora antecipa “sérias dificuldades nos mercados de energia europeus quando a recessão terminar”.

Tendo em conta que é necessário 1 trilião de euros (1.000.000.000.000.000.000) para investir em novas centrais, novas linhas eléctricas e gasodutos, a Cap Gemini diz que “a crise de crédito pode dificultar fortemente o ciclo de investimento”, enquanto que a “actual crise económica global pode amenizar as tensões na segurança do fornecimento de energia, através da redução da procura, diminuição das emissões de CO2 e do preço da electricidade e do gás”.

Por outro lado, a consulta afirma no relatório da 10ªEdição do Observatório Europeu de Energia que “com o decréscimo das receitas tributárias, os governos vão querer limitar os seus gastos e serão tentados a reduzir os subsídios financeiros destinados às energias renováveis”, como aconteceu com o governo espanhol em Outubro de 2008, que limitou desta forma os seus incentivos ao desenvolvimento da energia solar.

“Decisões como esta podem comprometer o crescimento das energias renováveis, principalmente a energia eólica e solar, que necessitam destes subsídios para serem competitivas”, alerta a Cap Gemini, um dos maiores fornecedores de serviços de consultoria, tecnologia e “outsourcing” do mundo.

Além disso, “os governos podem eventualmente adoptar novos impostos em algumas ‘utilities’, como por exemplo nos lucros inesperados associados aos certificados de CO2 obtidos gratuitamente e incorporados nos preços de venda final aos clientes”.

Por outro lado, a consultora acredita que “a crise deverá levar ao aumento da consolidação do mercado, estando compradoras as empresas com situação financeira sólida e liquidez, mesmo que a crise do crédito torne grandes aquisições ainda mais difíceis de financiar”.

Durante a primeira metade do ano 2008 foram concluídas algumas fusões e aquisições há muito esperadas como a GDF-Suez e Endesa-Enel /Acciona. Estas por sua vez desencadearam movimentações adicionais no mercado para aquisição dos activos desinvestidos.

Depois da crise, “os mercados de energia europeus terão, certamente, algumas dificuldades em restabelecer-se quando a recessão terminar”.

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