Notícia
Criação do «cluster» vai pesar 45% na escolha dos dois vencedores
A criação do «cluster» vai pesar 45% na escolha dos dois vencedores no concurso para atribuição de uma potência de 1.700 MW que vai ser lançado até ao final do mês. A tarifa, a gestão técnica e o fundo de inovação serão outros critérios a ter em conta, se
A criação do «cluster» vai pesar 45% na escolha dos dois vencedores no concurso para atribuição de uma potência de 1.700 MW que vai ser lançado até ao final do mês. A tarifa, a gestão técnica e o fundo de inovação serão outros critérios a ter em conta, segundo revelou fonte do Ministério da Economia ao Jornal de Negócios Online.
A proposta ideal para o júri do concurso para a atribuição de energia eólica deverá contemplar um desconto de 5% na tarifa; a criação de um «cluster» industrial; a componente de gestão técnica que privilegie o armazenamento de energia e a coordenação com outras fontes alternativas; e a contribuição de 35 milhões de euros para um fundo de inovação.
Os detalhes do concurso foram precisados ao Jornal de Negócios Online por uma fonte do Ministério da Economia e Inovação, à margem da apresentação do programa do concurso de energia eólica que está a ser apresentado hoje pelo Governo na Culturgest.
A criação do «cluster» industrial é o critério com maior peso, valendo 45 pontos na avaliação total; a tarifa terá uma ponderação de 20 pontos; a gestão técnica de 25 pontos e o fundo de inovação terá um peso de 10 pontos.
60% da energia produzida terá de ser exportada
Há ainda sub-critérios que serão tomados em consideração como, por exemplo, que cerca 60% da energia produzida seja exportada.
Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Somague Ambiente, considera este último objectivo «demasiado ambicioso e, talvez mesmo, inatingível», afirmou em declarações ao Jornal de Negócios Online.
O investimento directo associado de 900 milhões de euros e a criação de 1.600 pontos de trabalho directos envolvidos nos «clusters» industriais são também aspectos contemplados no concurso que vai ser lançado até ao final do mês, segundo o ministro da Economia, Manuel Pinho, na apresentação do concurso eólico.
No total, serão atribuídos 1.700 megawatts (MW), 1.500 dos quais em duas etapas e exclusivamente dedicados aos «clusters», disse fonte do Ministério da Economia que revelou ainda que, independentemente do numero de propostas que apareçam, serão atribuídas licenças para apenas dois «clusters» em tranches de 1.000 MW e 500 MW, respectivamente.
Cada um dos «clusters» deverá contemplar uma fábrica de torres, uma outra de outra de pás, bem como a produção de componentes de «aerogeradores», de modo a que a incorporação nacional do sector eólico aumente dos actuais 15% para um nível entre 75% a 80%.
A terceira fase – a ser lançada até ao final do ano – será unicamente dedicada a pequenos produtores, num total de 200 MW distribuídos por cerca de 20 parques eólicos, de acordo com a mesma fonte.
Os concorrentes vão ter de apresentar garantias bancárias com um montante mínimo de 10% do valor de investimento e pagar ainda 30.000 euros pelo caderno de encargos, além de uma caução.