A taxa de crescimento homóloga do crédito bancário interno abrandou em Maio para os 19,7%, contra os 20,7% registados no mês anterior, com esta desaceleração a estar relacionada com o menor contributo da Administração Pública, anunciou o Banco de Portugal.

«Em Maio, a taxa de variação do crédito bancário interno foi de 19,7%, 1 ponto percentual inferior à verificada no mês precedente», afirmou o Banco de Portugal, no seu Boletim de Conjuntura de Junho.

Esta evolução esteve relacionada com a queda verificada no segmento do crédito líquido às Administrações Públicas, cujo contributo para o crescimento do crédito bancário interno caiu dos 0,4 pontos percentuais registados no mês anterior, para os zero pontos percentuais, segundo a mesma fonte.

Aumento do crédito aos particulares perde ritmo

A taxa de crescimento do crédito concedido aos particulares diminuiu para os 16,5% em Maio, números que comparam com a progressão homóloga de 18,2% verificada em Abril.

Os empréstimos para aquisição de habitação apresentavam uma variação positiva de 16,4% em Maio, enquanto os financiamentos concedidos para outras finalidades registavam um aumento de 17% face ao período homólogo.

Crédito ao sector privado regista abrandamento

O crédito concedido ao sector privado não monetário também registou um abrandamento em Junho, com a taxa de crescimento homóloga a situar-se nos 20,4%, abaixo dos 20,9% verificados em Abril.

No segmento do sector privado não financeiro, o crédito apresentou um aumento de 17,2% em Maio, face ao período homólogo, com estes números a resultarem numa diminuição de 1,4 pontos percentuais face aos 18,6% verificados no mês precedente.

Este movimento resultou da perda de ritmo do crédito concedido «tanto no segmento das empresas como no dos particulares», segundo a instituição liderada por Vítor Constâncio.

A taxa de variação do crédito concedido a sociedades não financeiras caiu para os 17,9% em Maio, depois de situar-se nos 19,1% no mês anterior, de acordo com a mesma fonte.