Notícia
Costa: "Temos que reintroduzir riqueza na floresta para que deixe de ser uma ameaça"
O primeiro ministro admitiu que propriedades de pequena dimensão "muito dificilmente" geram o rendimento económico que justifique o cuidado com aqueles terrenos.
13 de Julho de 2022 às 12:35
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta quarta-feira que tem de ser reintroduzida riqueza na floresta para que deixe de ser uma ameaça ao país.
"Temos que atacar a causa estrutural, a raiz do problema. Temos que reintroduzir riqueza na floresta para que deixe de ser uma ameaça e passe a ser uma riqueza do país", afirmou António Costa.
O primeiro-ministro falava em Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, durante uma visita em que se fez acompanhar pela ministra da Justiça e pela coordenadora para a Estrutura de Missão para a Expansão do Sistema de Informação Cadastral Simplificado (eBUPi).
"Hoje, o país está a viver um período de risco máximo de incêndio. Infelizmente, muitos bombeiros e a Proteção Civil estão a combater as chamas. É a prioridade hoje, amanhã e nos próximos dias, apagar as chamas. Mas não podemos esquecer que há um problema estrutural atrás dos incêndios", disse.
António Costa realçou que grande parte da mancha florestal está abandonada, "infelizmente, por híper fragmentação da propriedade que foi perdendo valor económico".
O primeiro ministro disse que propriedades de pequena dimensão "muito dificilmente" geram o rendimento económico que justifique o cuidado com aqueles terrenos.
"Em 2017, o país compreendeu que não basta investir na Proteção Civil, nos meios aéreos, nos equipamentos para bombeiros. Não basta investir na prevenção por parte dos cidadãos. Tudo isto é essencial, mas não basta", sustentou.
É necessário, segundo António Costa, atacar a causa estrutural, "ir à raiz do problema".
"E onde está a raiz do problema? A raiz do problema está na necessidade que temos de cada uma das pessoas saber do que é proprietária, de todos saberem do que é que cada um é proprietário para ver como, em conjunto ou individualmente, podem ter aquilo que os bisavós, os avós, os pais trabalharam para eles poderem ter uma fonte de rendimento e não uma fonte de problemas", sublinhou.
Para que isso aconteça, Costa considerou fundamental completar o cadastro das propriedades.
"Sei que é uma tarefa muito difícil. O cadastro parou no início do século XX, mais ou menos logo a norte do Tejo e nas zonas Centro e Norte ficou por fazer. E nem a ditadura teve coragem de fazer o cadastro porque havia a ideia de que, se fizéssemos o cadastro, as pessoas tinham que passar a pagar impostos. Esse é um problema que esta resolvido. Ninguém vai pagar impostos por fazer o cadastro. A única coisa que permite é que cada um fique a saber a propriedade que tem e como é que a pode valorizar", concluiu.
O primeiro ministro deixou um novo apelo aos portugueses: "Lembrem-se de cada vez que virem na televisão as imagens de um incêndio que podem contribuir de uma forma sustentável e duradoura para que essas imagens não se repitam, procedendo à identificação e ao registo da sua propriedade".
"Temos que atacar a causa estrutural, a raiz do problema. Temos que reintroduzir riqueza na floresta para que deixe de ser uma ameaça e passe a ser uma riqueza do país", afirmou António Costa.
"Hoje, o país está a viver um período de risco máximo de incêndio. Infelizmente, muitos bombeiros e a Proteção Civil estão a combater as chamas. É a prioridade hoje, amanhã e nos próximos dias, apagar as chamas. Mas não podemos esquecer que há um problema estrutural atrás dos incêndios", disse.
António Costa realçou que grande parte da mancha florestal está abandonada, "infelizmente, por híper fragmentação da propriedade que foi perdendo valor económico".
O primeiro ministro disse que propriedades de pequena dimensão "muito dificilmente" geram o rendimento económico que justifique o cuidado com aqueles terrenos.
"Em 2017, o país compreendeu que não basta investir na Proteção Civil, nos meios aéreos, nos equipamentos para bombeiros. Não basta investir na prevenção por parte dos cidadãos. Tudo isto é essencial, mas não basta", sustentou.
É necessário, segundo António Costa, atacar a causa estrutural, "ir à raiz do problema".
"E onde está a raiz do problema? A raiz do problema está na necessidade que temos de cada uma das pessoas saber do que é proprietária, de todos saberem do que é que cada um é proprietário para ver como, em conjunto ou individualmente, podem ter aquilo que os bisavós, os avós, os pais trabalharam para eles poderem ter uma fonte de rendimento e não uma fonte de problemas", sublinhou.
Para que isso aconteça, Costa considerou fundamental completar o cadastro das propriedades.
"Sei que é uma tarefa muito difícil. O cadastro parou no início do século XX, mais ou menos logo a norte do Tejo e nas zonas Centro e Norte ficou por fazer. E nem a ditadura teve coragem de fazer o cadastro porque havia a ideia de que, se fizéssemos o cadastro, as pessoas tinham que passar a pagar impostos. Esse é um problema que esta resolvido. Ninguém vai pagar impostos por fazer o cadastro. A única coisa que permite é que cada um fique a saber a propriedade que tem e como é que a pode valorizar", concluiu.
O primeiro ministro deixou um novo apelo aos portugueses: "Lembrem-se de cada vez que virem na televisão as imagens de um incêndio que podem contribuir de uma forma sustentável e duradoura para que essas imagens não se repitam, procedendo à identificação e ao registo da sua propriedade".