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Costa Silva promete menos impostos para empresas e cidadãos

O ministro da Economia garantiu, em entrevista ao El Mundo, que pretende baixar impostos e rever o regime fiscal português, notando que "reduzir impostos liberta potencial de crescimento".

João Cortesão
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António Costa Silva, ministro da Economia, não está satisfeito com regime fiscal português e promete uma revisão, "especialmente para as empresas que investem em tecnologia e inovação, empresas muito jovens para que retenham também talento no país", disse o governante numa entrevista telefónica ao espanhol El Mundo.

"Temos um sistema muito bom também para as startups e para as empresas de inovação em termos de atração destes interesse. Por isso, criámos um regime fiscal especial para os jovens que estão a começar as suas vidas", explicou o ministro.

Questionado de seguida se existiram planos para baixar a dívida, por exemplo aumentando os impostos, Costa Silva foi taxativo: "não temos nenhum plano para aumentar os impostos, o que vamos pensar é em como reduzi-los, principalmente para os cidadãos".

"Tenho isso muito claro", continuou, "se reduzimos os impostos, podemos libertar o potencial de crescimento do país e das pessoas".

Relativamente ao prémio de risco da dívida portuguesa, que está a abrir uma diferença sem precedentes face à espanhola, o governante justificou a evolução com base no crescimento da economia, "o que está a gerar confiança no sistema económico", acrescentando que Portugal "se está a converter numa economia muito competitiva, muito orientada para as exportações" - "não é só o turismo", ressalvou.

"A toda esta combinação de fatores há que somar a consolidação fiscal", respondeu Costa Silva quando questionado sobre a importância da redução da dívida pública. "Creio que, no final de 2023, podemos abandonar o grupo dos três ou quatro países com mais dívida da União Europeia e sair desta situação tão negativa em que temos estado durante anos e anos", referiu ainda, numa comparação com a dívida espanhola.

Já sobre o fim do mecanismo ibérico para os preços grossistas na eletricidade, o ministro da Economia referiu que, "apesar de estarmos a assistir a uma redução no preço do petróleo, gás ou da eletricidade muito significativos em Portugal, estamos a manter estes mecanismos e estou a favor de os manter pelo menos alguns meses para ver como recuperam os mercados, porque não podemos ignorar que as empresas foram muito afetadas pelo aumento dos preços da energia no ano passado".

Face ao anúncio do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, esta segunda-feira, de convocação de eleições antecipadas, Costa Silva afirmou que a boa relação que mantém com o governo espanhol e com a homóloga Nadia Calviño, "continuará com quem governe".
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