Notícia
Costa recusa comentar se Marcelo ultrapassa competências mas não quer confusão de papéis
"A função do primeiro-ministro não é andar a queixar-se, mas resolver os problemas e encontrar novas soluções para aquilo que vai surgindo", sublinhou o primeiro-ministro.
05 de Setembro de 2023 às 14:19
O primeiro-ministro recusou-se esta terça-feira a comentar se o Presidente da República, no exercício da sua ação, tem ultrapassado as suas competências, mas advertiu que as coisas correm sempre mal quando há confusão de papéis.
"Esse é um comentário que não me compete a mim fazer. Tal como eu sou avaliado pelos cidadãos, o senhor Presidente da República também é avaliado pelos cidadãos. Cada um é avaliado por si e não se anda aqui a avaliar uns aos outros", alegou António Costa no final de uma visita ao Centro Infantil António Marques, no Montijo.
Perante esta questão sobre a ação de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa argumentou que não pode ser colocado numa posição que não é a sua enquanto primeiro-ministro.
"Até fiz comentário político durante alguns anos e com muito gosto, mas agora não faço, não é essa a minha função. O que me compete não é responder ao diz que disse, ou se aquele fez isto ou não fez aquilo. O que me compete fazer é cumprir o programa que apresentei aos portugueses", contrapôs.
A seguir, neste ponto, foi ainda mais longe: "A função do primeiro-ministro não é andar a queixar-se, mas resolver os problemas e encontrar novas soluções para aquilo que vai surgindo".
Confrontado com o facto de o Presidente da República ter afirmado que o tema da habitação não estava fechado, o primeiro-ministro insistiu na mesma linha de argumentação e recusou-se a comentar as palavras do chefe de Estado, frisando que as suas funções são distintas das de um líder de uma força de oposição.
"A função de um primeiro-ministro não é ser comentador, mas ser fazedor, é fazer. A nós cumpre-nos executar. Cumpre-nos identificar problemas e soluções. A outros compete naturalmente falar sobre os problemas. Cada um tem o seu papel, e nenhum é mais importante do que o outro", advogou.
No entanto, o primeiro-ministro deixou uma advertência em relação à possibilidade de o princípio da separação de poderes não ser respeitado.
"Quando nós nos confundimos nos papéis é que as coisas podem correr mal", e avançou até com um exemplo: "Num bloco operatório, se um anestesista fizer o papel do cirurgião e este o do anestesista, então, provavelmente, as coisas não vão correr bem".
"Cada um cumpre as suas funções. E a minha função é muito simples. Tenho um contrato com os portugueses assente no programa do Governo que apresentei aos cidadãos e vou cumprir", acrescentou.
Questionado sobre a sua participação, esta tarde, na reunião do Conselho de Estado, o líder do executivo afirmou-se tranquilo e portador "de um sorriso".
"A tranquilidade costuma ser o meu estado de espírito na vida e não tenho qualquer motivo para a perder", respondeu.
António Costa falou depois da sua tranquilidade e, também, do seu sorriso. "As pessoas, na rua, uma das coisas que me costumam pedir é para eu nunca perder o sorriso. Portanto, acho que esse sorriso deve fazer bem às pessoas", respondeu, num tom de descontração.
"Esse é um comentário que não me compete a mim fazer. Tal como eu sou avaliado pelos cidadãos, o senhor Presidente da República também é avaliado pelos cidadãos. Cada um é avaliado por si e não se anda aqui a avaliar uns aos outros", alegou António Costa no final de uma visita ao Centro Infantil António Marques, no Montijo.
"Até fiz comentário político durante alguns anos e com muito gosto, mas agora não faço, não é essa a minha função. O que me compete não é responder ao diz que disse, ou se aquele fez isto ou não fez aquilo. O que me compete fazer é cumprir o programa que apresentei aos portugueses", contrapôs.
A seguir, neste ponto, foi ainda mais longe: "A função do primeiro-ministro não é andar a queixar-se, mas resolver os problemas e encontrar novas soluções para aquilo que vai surgindo".
Confrontado com o facto de o Presidente da República ter afirmado que o tema da habitação não estava fechado, o primeiro-ministro insistiu na mesma linha de argumentação e recusou-se a comentar as palavras do chefe de Estado, frisando que as suas funções são distintas das de um líder de uma força de oposição.
"A função de um primeiro-ministro não é ser comentador, mas ser fazedor, é fazer. A nós cumpre-nos executar. Cumpre-nos identificar problemas e soluções. A outros compete naturalmente falar sobre os problemas. Cada um tem o seu papel, e nenhum é mais importante do que o outro", advogou.
No entanto, o primeiro-ministro deixou uma advertência em relação à possibilidade de o princípio da separação de poderes não ser respeitado.
"Quando nós nos confundimos nos papéis é que as coisas podem correr mal", e avançou até com um exemplo: "Num bloco operatório, se um anestesista fizer o papel do cirurgião e este o do anestesista, então, provavelmente, as coisas não vão correr bem".
"Cada um cumpre as suas funções. E a minha função é muito simples. Tenho um contrato com os portugueses assente no programa do Governo que apresentei aos cidadãos e vou cumprir", acrescentou.
Questionado sobre a sua participação, esta tarde, na reunião do Conselho de Estado, o líder do executivo afirmou-se tranquilo e portador "de um sorriso".
"A tranquilidade costuma ser o meu estado de espírito na vida e não tenho qualquer motivo para a perder", respondeu.
António Costa falou depois da sua tranquilidade e, também, do seu sorriso. "As pessoas, na rua, uma das coisas que me costumam pedir é para eu nunca perder o sorriso. Portanto, acho que esse sorriso deve fazer bem às pessoas", respondeu, num tom de descontração.