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Consumo de gás natural em Portugal caiu 4% em 2006

O consumo de gás natural em Portugal caiu 4% em 2006, segundo um estudo do Eurogas (The European Union of the Natural Gás Industry), que dá conta da evolução do mercado europeu deste tipo de energia.

27 de Fevereiro de 2007 às 10:40
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O consumo de gás natural em Portugal caiu 4% em 2006, segundo um estudo do Eurogas (The European Union of the Natural Gás Industry), que dá conta da evolução do mercado europeu deste tipo de energia.

Segundo o relatório, o mercado nacional consumiu, em 2006,165,2 peta joules (PJ) de gás, face aos 172,1 consumidos em 2005. Com este resultado, Portugal registou a terceira maior queda, num país que ainda não tem uma grande taxa de penetração neste mercado.

O consumo em Portugal no ano passado equivale a 4,2 mil milhões de metros cúbicos (BCM), (abaixo dos 4,4 em 2005), 3,6 milhões de toneladas equivalentes de petróleo, ou 45,9 mil milhões de KWh.

O país que mais diminuiu o consumo de gás natural na Europa foi o Áustria, com uma queda de 6,6% para 338 peta joules, face aos 362 registados em 2005, seguido pela Grã-Bretanha com 5%.

O estudo atribuiu a queda, que em média foi de 1,1% nos 25 que ainda compunham a União Europeia na altura do estudo. Globalmente, foram consumidos 18.963 peta joules de gás natural na Europa.

O Eurogas avança com uma explicação muito simples para a queda: o aumento global das temperaturas no continente europeu, que diminui a necessidade de aquecimento. O sul e o centro da Europa são a parte mais atingida pelas alterações climatéricas, mas países como a já referida Grã-Bretanha e a Irlanda estão também entre os que registaram as maiores descidas no consumo de gás natural em 2006.

Paralelamente, o Eurogas explica que a reduzida competitividade do gás natural no processo de produção de energia face a outro tipo de combustível (em centrais de ciclo combinado por exemplo) é um factor que pesa também na redução do consumo, que, aliás, contraria a tendência verificada nos últimos anos.

O Eurogas afirma ainda que 24% do gás natural consumido na UE é proveniente da Rússia, seguindo-se a Noruega com 17%. Mas a maior parte da produção é proveniente dos próprios países que compõem a UE (38%). O estudo afirma ainda que entre 2005 e 2006 as importações do Egipto duplicaram e as da Líbia subiram 44%.

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