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Consumo de gás natural em Portugal caiu 4% em 2006
O consumo de gás natural em Portugal caiu 4% em 2006, segundo um estudo do Eurogas (The European Union of the Natural Gás Industry), que dá conta da evolução do mercado europeu deste tipo de energia.
O consumo de gás natural em Portugal caiu 4% em 2006, segundo um estudo do Eurogas (The European Union of the Natural Gás Industry), que dá conta da evolução do mercado europeu deste tipo de energia.
Segundo o relatório, o mercado nacional consumiu, em 2006,165,2 peta joules (PJ) de gás, face aos 172,1 consumidos em 2005. Com este resultado, Portugal registou a terceira maior queda, num país que ainda não tem uma grande taxa de penetração neste mercado.
O consumo em Portugal no ano passado equivale a 4,2 mil milhões de metros cúbicos (BCM), (abaixo dos 4,4 em 2005), 3,6 milhões de toneladas equivalentes de petróleo, ou 45,9 mil milhões de KWh.
O país que mais diminuiu o consumo de gás natural na Europa foi o Áustria, com uma queda de 6,6% para 338 peta joules, face aos 362 registados em 2005, seguido pela Grã-Bretanha com 5%.
O estudo atribuiu a queda, que em média foi de 1,1% nos 25 que ainda compunham a União Europeia na altura do estudo. Globalmente, foram consumidos 18.963 peta joules de gás natural na Europa.
O Eurogas avança com uma explicação muito simples para a queda: o aumento global das temperaturas no continente europeu, que diminui a necessidade de aquecimento. O sul e o centro da Europa são a parte mais atingida pelas alterações climatéricas, mas países como a já referida Grã-Bretanha e a Irlanda estão também entre os que registaram as maiores descidas no consumo de gás natural em 2006.
Paralelamente, o Eurogas explica que a reduzida competitividade do gás natural no processo de produção de energia face a outro tipo de combustível (em centrais de ciclo combinado por exemplo) é um factor que pesa também na redução do consumo, que, aliás, contraria a tendência verificada nos últimos anos.
O Eurogas afirma ainda que 24% do gás natural consumido na UE é proveniente da Rússia, seguindo-se a Noruega com 17%. Mas a maior parte da produção é proveniente dos próprios países que compõem a UE (38%). O estudo afirma ainda que entre 2005 e 2006 as importações do Egipto duplicaram e as da Líbia subiram 44%.