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Construção viu fechar mais de 3300 empresas desde 2001

Mais de duas mil empresas fecharam as portas no sector da construção civil só nos últimos dois anos. Número que sobe para mais de 3300 no período entre 2001 e o primeiro semestre de 2004, noticiou o «Diário de Notícias».

18 de Abril de 2005 às 09:44
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Mais de duas mil empresas fecharam as portas no sector da construção civil só nos últimos dois anos. Número que sobe para mais de 3300 no período entre 2001 e o primeiro semestre de 2004, noticiou o «Diário de Notícias».

Este é o resultado, diz Rui Viana, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas do Norte (AICCOPN), da inexistência de um plano estratégico para o sector, com o alcance mínimo de uma década, e que resultasse de um pacto político que obrigasse todos os partidos ao seu cumprimento.

O «ano negro» da construção e obras públicas foi 2003, quando encerraram 1330 sociedades e o emprego caiu 6,2%. Acrescido à quebra de 6,1% do ano passado, chegamos à conclusão de que o sector perdeu mais de 74 mil postos de trabalho em apenas dois anos.

É verdade que no mesmo período (2001-2004) o sector viu serem constituídas mais de 21 mil novas empresas, das quais 2968 em 2003 e 1606 durante o primeiro semestre de 2004. Mas Rui Viana não se deixa impressionar pelos números.

«A estatística vale o que vale. Tanto podem corresponder a empresas com 100 trabalhadores como a situações de desempregados que aproveitam os benefícios existentes para tentar a sua sorte no negócio. De que serve fecharem menos empresas do que as que abrem se o volume de emprego cai?», questiona.

Na recta final do seu último mandato como presidente da AICCOPN, Rui Viana lembra que nestes seis anos de liderança teve de contactar com sete ministros das Obras Públicas diferentes.

«Como é possível haver um plano se cada ministro que chega anula o que o anterior planeou, mesmo sendo do mesmo partido? É preciso pôr um fim a este pára-arranca constante. O sector precisa de um plano operacional para dar o salto, e isso só é possível se houver um compromisso político a prazo que envolva todos os partidos», defende.

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