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Constâncio diz euro contribui para combater incerteza económica
O Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, defendeu hoje que o euro funciona como um elemento capaz de conferir «segurança» no momento actual de incerteza económica.
A moeda única «vai entrar num momento que infelizmente não é de euforia económica, mas o euro é ele próprio um elemento de clareza e segurança, dentro da incerteza existente», disse Vítor Constâncio, no âmbito da visita do Presidente da República, Jorge Sampaio, à fabrica Valora, onde estão a ser produzidas as notas de euro que entrarão em circulação a partir de 1 de Janeiro.
«O euro é um enorme catalizador da nossa identidade como europeus», afirmou Constâncio, sublinhando que segundo um estudo efectuado recentemente pelo Banco de Portugal, as operações de conversão de escudos em euros terão «um efeito mínimo sobre os preços».
«A população portuguesa, de acordo com sondagens, revela um estado de conhecimento sobre a entrada do euro assinalável, que nos coloca acima da média europeia, próximos dos 90%», acrescentou o mesmo responsável.
O Governador do Banco de Portugal sublinhou que a operação de introdução do euro «engloba uma operação logística de grande envergadura», que irá implicar «mais de 1,6 mil milhões de notas e moedas, cujo peso total ultrapassa as 12 mil toneladas», contabilizando as divisas introduzidas e retiradas de circulação.
«Tudo está a ser preparado, quer no domínio da produção de notas e moedas, para assegurar o abastecimento as mesmas», afirmou ainda Constâncio, assegurando que a operação «está a ser preparada com toda a segurança».
Por seu turno, Jorge Sampaio defendeu que «o euro contribuirá para a maior transparência dos preços e por essa via, para o aumento da concorrência no comércio» internacional, o que também deverá «reverter em benefício para os consumidores».
«Não há razão para saudosismos, sentimentalismos ou receios, devemos aceitar bem a substituição do escudo pelo euro e confiar na nossa nova moeda», acrescentou o Presidente da República.