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Constâncio defende que os grandes bancos devem financiar fundo europeu

O fundo europeu destinado a suportar os custos do eventual colapso de um grande banco europeu, cuja criação está a ser equacionado a nível da União Europeia, deve ser financiando pelas próprias instituições, defendeu hoje Vítor Constâncio, na conferência "Construindo uma Nova Arquitectura Financeira", organizada pela Associação Portuguesa de Bancos.

26 de Março de 2010 às 12:57
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O fundo europeu destinado a suportar os custos do eventual colapso de um grande banco europeu, cuja criação está a ser equacionado a nível da União Europeia, deve ser financiando pelas próprias instituições, defendeu hoje Vítor Constâncio, na conferência “Construindo uma Nova Arquitectura Financeira”, organizada pela Associação Portuguesa de Bancos.

O governador considera que o “problema dos bancos ‘too big too fail’ deve ser resolvido pelo fundo europeu destinado a resolver problemas transnacionais”, mas é um dos aspectos da reforma do sistema financeiro europeu que ainda requer atenção.

Para o futuro vice-presidente do BCE, ainda há outros aspectos que devem preocupar os responsáveis europeus no âmbito da reforma do sistema financeiro. Um deles diz respeito à contabilidade. Constâncio considera que as medidas tomadas para reduzir a pró-ciclicidade do princípio do valor de mercado não são suficientes, mas reconhece ser difícil conseguir um acordo entre os Estados Unidos e a Europa neste tema.

Quanto ao controlo das agências de “rating”, o governador considera que “não chega um sistema de registo e monitorizar” a sua actuação. Além disso, defendeu a necessidade de “tirar as agências de rating do sistema regulatório”.

Constâncio chamou ainda a atenção para a necessidade de resolver o problema dos “credit default swaps” (CDS). Citando o antigo prémio Nobel defendeu que “é preciso queimar e destruir o mercado dos CDS tal como existe”. E alertou que a reforma não pode ser tida em conta sem ter atenção aos aspectos macroprudenciais do sistema.
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