O clima económico abrandou entre Março e Maio ao crescer 4,3% este ano quando comparado com um crescimento de 4,6% no trimestre findo em Março, invertendo a tendência ascendente verificada nos últimos cinco trimestres, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A procura interna de bens, particularmente de investimento, também verificou uma desaceleração motivada pela subida da inflação, o aumento nos juros e a consequente quebra na confiança nos consumidores.

Esta quebra condicionou os sectores do comércio e da construção, mais dependentes da procura doméstica. O indicador de confiança para o comércio caiu 0,43% no trimestre findo em Maio face ao mesmo período de 1999, enquanto na construção, a confiança deslizou 0,47% no mesmo período.

Nas áreas mais ligadas à procura externa, como a indústria transformadora e a hotelaria, a confiança aumentou.

Apesar do abrandamento do clima económico, o número de desempregados inscritos caiu, revelou o INE sem revelar números relativos a Maio. No primeiro trimestre do ano, o desemprego situou-se nos 4,4%, menos 0,3% do que em período homólogo. O emprego total na economia portuguesa subiu 1,6% quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado, enquanto que, por conta de outrem, o emprego subiu a uma taxa homóloga de 2,6% no mesmo trimestre.

A taxa de inflação mensal, medida pelo índice de preços no consumidor, quedou-se nos 2,6% em Maio, denotando uma tendência de aceleramento dos preços.