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Clara Raposo: “Podemos ver sinais de redução da inflação" depois de fevereiro
Vice-governadora do Banco de Portugal acredita que a subida generalizada de preços pode abrandar a partir do final do primeiro trimestre. Até lá não haverá uma alteração significativa.
A vice-governadora do Banco de Portugal (BdP ) Clara Raposo acredita que a partir do final do primeiro trimestre a inflação poderá dar sinais de abrandamento.
Numa conferência organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, a responsável do banco central afirmou que "em janeiro ou fevereiro não vamos ter descida aprofundada da inflação", mas manifestou "esperança que logo de seguida podemos ver sinais de descida para os próximos meses".
A economista sublinhou que a inflação a que o país tem assistido tem origem no lado da oferta - como no caso da energia - mas também em aspetos da procura e enfatizou que os reguladores não tiveram uma postura passiva em relação ao fenómeno: "Na política monetária o que temos assistido não é o que normalmente se faz. Temos visto os bancos centrais a fazerem compras de ativos para estimular a economia, substituíram um pouco os mercados, injetaram liquidez e mantiveram o sistema financeiro a funcionar, ajudando à previsibilidade", afirmou. "A minha esperança é que no segundo semestre possamos ter mais previsibilidade", reforçou.
Apoio adicional a faixas mais afetadas
A vice-governadora do BdP enfatizou ainda que em contexto de subida das taxas de juro vai haver faixas da população mais afetadas. "Há pessoas que conseguem ajustar e outras não, e para essas pode haver necessidade de apoio adicional", afirmou.
Clara Raposo realçou ainda o papel das empresas na recuperação, sublinhando que o crescimento previsto para a economia portuguesa em 2023 "não é suportado pelo investimento", e que "não podem ser só os Estados" a ser responsáveis. "A iniciativa privada é fundamental para ultrapassar qualquer crise", afirmou, ironizando que "não me podem pedir para combater a inflação e a incerteza e ainda ter as melhores ideias" para o crescimento económico.
Numa conferência organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, a responsável do banco central afirmou que "em janeiro ou fevereiro não vamos ter descida aprofundada da inflação", mas manifestou "esperança que logo de seguida podemos ver sinais de descida para os próximos meses".
Apoio adicional a faixas mais afetadas
A vice-governadora do BdP enfatizou ainda que em contexto de subida das taxas de juro vai haver faixas da população mais afetadas. "Há pessoas que conseguem ajustar e outras não, e para essas pode haver necessidade de apoio adicional", afirmou.
Clara Raposo realçou ainda o papel das empresas na recuperação, sublinhando que o crescimento previsto para a economia portuguesa em 2023 "não é suportado pelo investimento", e que "não podem ser só os Estados" a ser responsáveis. "A iniciativa privada é fundamental para ultrapassar qualquer crise", afirmou, ironizando que "não me podem pedir para combater a inflação e a incerteza e ainda ter as melhores ideias" para o crescimento económico.