Notícia
China reduz período de quarentena e deixa de suspender voos com casos a bordo
Quem chega à China vai agora ter que cumprir cinco dias de quarentena num hotel designado pelo governo, seguidos de três dias de confinamento em casa.
11 de Novembro de 2022 às 09:35
A China anunciou esta sexta-feira uma redução do período de quarentena para viajantes oriundos do exterior e o fim da interrupção dos voos com casos de covid-19 a bordo, sinalizando uma redefinição significativa da estratégia de prevenção epidémica.
Quem chega à China vai ter que cumprir cinco dias de quarentena num hotel designado pelo governo, seguidos de três dias de confinamento em casa, de acordo com o comunicado da Comissão Nacional de Saúde.
As regras que vigoraram até agora exigiam 10 dias de quarentena, incluindo uma semana num hotel e três dias em casa.
Esta redução vai ser também aplicada aos contactos próximos de pessoas infetadas. A estratégia chinesa dita que todos os contactos diretos têm que cumprir quarentena em instalações designadas. Os contactos próximos de contactos diretos não vão mais ser identificados, acrescentou o comunicado. Até à data, estes terceiros contactos tinham que cumprir quarentena em casa.
As autoridades chinesas vão também abolir a política do "circuit breaker", que afetou nos últimos dois anos as ligações aéreas ao país.
Esta medida implica que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por uma semana. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês.
Estas mudanças fazem parte de um conjunto de 20 medidas destinadas a redefinir a estratégia chinesa de 'zero casos' de covid-19. Trata-se da revisão mais ampla da abordagem da China.
O país asiático mantém uma estratégia de 'zero casos' de covid-19, que inclui o confinamento de bairros, distritos e cidades inteiras, e o isolamento de todos os casos e respetivos contactos diretos em instalações designadas.
No total, a China registou mais de 10.000 novos casos, nas últimas 24 horas, o valor mais elevado desde o final de abril. Embora este número seja baixo, considerando que a China tem 1,4 mil milhões de habitantes, a escala geográfica do surto constitui um desafio para a estratégia dos 'zero casos'.
Todas as 31 regiões de nível provincial da China relataram novas infeções, nos últimos dias. Para além de Guangdong, no sudeste, também a província central de Henan e a região autónoma da Mongólia Interior diagnosticaram mais de mil casos nas últimas 24 horas. Outras áreas do país relataram várias centenas de novos casos.
Na quinta-feira, o Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), a cúpula do poder na China, apelou à "melhoria da eficácia do trabalho de prevenção" e à "superação do formalismo e burocracia", pedindo uma abordagem "mais direcionada e decisiva" para lidar com surtos do novo coronavírus, numa retórica visivelmente mais branda do que em comunicados anteriores.
A Organização Mundial da Saúde disse, em maio passado, que a abordagem extrema da China para conter a covid-19 é "insustentável", devido à natureza altamente infecciosa da variante Ómicron.
Pequim recusou, no entanto, aprovar a importação de vacinas estrangeiras de RNA mensageiro no continente, já permitida nas regiões administrativas especiais chinesas de Macau e Hong Kong desde o início da pandemia.
A taxa de vacinação entre os idosos com inoculações domésticas, menos eficazes na prevenção de morte e doença grave, é de apenas 86%, segundo dados oficiais.
Quem chega à China vai ter que cumprir cinco dias de quarentena num hotel designado pelo governo, seguidos de três dias de confinamento em casa, de acordo com o comunicado da Comissão Nacional de Saúde.
Esta redução vai ser também aplicada aos contactos próximos de pessoas infetadas. A estratégia chinesa dita que todos os contactos diretos têm que cumprir quarentena em instalações designadas. Os contactos próximos de contactos diretos não vão mais ser identificados, acrescentou o comunicado. Até à data, estes terceiros contactos tinham que cumprir quarentena em casa.
As autoridades chinesas vão também abolir a política do "circuit breaker", que afetou nos últimos dois anos as ligações aéreas ao país.
Esta medida implica que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por uma semana. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês.
Estas mudanças fazem parte de um conjunto de 20 medidas destinadas a redefinir a estratégia chinesa de 'zero casos' de covid-19. Trata-se da revisão mais ampla da abordagem da China.
O país asiático mantém uma estratégia de 'zero casos' de covid-19, que inclui o confinamento de bairros, distritos e cidades inteiras, e o isolamento de todos os casos e respetivos contactos diretos em instalações designadas.
No total, a China registou mais de 10.000 novos casos, nas últimas 24 horas, o valor mais elevado desde o final de abril. Embora este número seja baixo, considerando que a China tem 1,4 mil milhões de habitantes, a escala geográfica do surto constitui um desafio para a estratégia dos 'zero casos'.
Todas as 31 regiões de nível provincial da China relataram novas infeções, nos últimos dias. Para além de Guangdong, no sudeste, também a província central de Henan e a região autónoma da Mongólia Interior diagnosticaram mais de mil casos nas últimas 24 horas. Outras áreas do país relataram várias centenas de novos casos.
Na quinta-feira, o Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), a cúpula do poder na China, apelou à "melhoria da eficácia do trabalho de prevenção" e à "superação do formalismo e burocracia", pedindo uma abordagem "mais direcionada e decisiva" para lidar com surtos do novo coronavírus, numa retórica visivelmente mais branda do que em comunicados anteriores.
A Organização Mundial da Saúde disse, em maio passado, que a abordagem extrema da China para conter a covid-19 é "insustentável", devido à natureza altamente infecciosa da variante Ómicron.
Pequim recusou, no entanto, aprovar a importação de vacinas estrangeiras de RNA mensageiro no continente, já permitida nas regiões administrativas especiais chinesas de Macau e Hong Kong desde o início da pandemia.
A taxa de vacinação entre os idosos com inoculações domésticas, menos eficazes na prevenção de morte e doença grave, é de apenas 86%, segundo dados oficiais.