Notícia
China cria instrumentos para apoiar mercados e pede implementação rápida de medidas
O Banco Popular da China anunciou a criação oficial de um mecanismo que permitirá às empresas de valores mobiliários, aos fundos de investimento ou às seguradoras, obterem liquidez junto do banco central.
18 de Outubro de 2024 às 09:07
O Banco Popular da China (banco central) confirmou esta quinta-feira a criação de vários instrumentos monetários já anunciados para apoiar as praças financeiras do país e apelou à "aceleração da aplicação" das medidas anunciadas nas últimas semanas.
Em vários comunicados publicados no seu portal, a instituição anunciou a criação oficial de um mecanismo que permitirá às empresas de valores mobiliários, aos fundos de investimento ou às seguradoras, obterem liquidez junto do banco central, mediante a entrega de ativos como garantia, ou de um outro instrumento de "reempréstimo", para que as empresas cotadas em bolsa procedam à recompra de ações e para que os seus principais acionistas aumentem as suas participações.
A primeira parte do programa de "reempréstimo" tem um valor equivalente a cerca de 42.146 mil milhões de dólares (39 mil milhões de euros), enquanto no caso do programa de 'swap', foram já recebidos cerca de 20 pedidos de participação, avaliados em mais de 28.094 mil milhões de dólares (26 mil milhões de euros).
O governador do banco central, Pan Gongsheng, afirmou, num discurso proferido num fórum económico, que estes instrumentos "se baseiam nos princípios do mercado" e que o programa de 'swaps' não equivale a um "apoio financeiro direto" do banco central.
Pan reiterou igualmente que a sua instituição vai proceder a uma nova redução, entre 0,25% e 0,5%, das reservas mínimas bancárias (RRR, a percentagem de fundos que um banco não pode emprestar) até ao final do ano.
As taxas dos acordos de recompra a sete dias ("acordos de recompra", um dos principais e mais comuns instrumentos de injeção de liquidez no sistema financeiro) serão igualmente reduzidas em 0,2% e as taxas das facilidades de crédito a médio prazo ("MLF", outro dos principais métodos de financiamento dos bancos comerciais) em 0,3%.
As medidas foram anunciadas em setembro, após a descida das taxas de juro nos Estados Unidos e a publicação de dados sobre a economia chinesa, piores do que o esperado. O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou então a maiores esforços para atingir o objetivo de crescimento económico de "cerca de 5%" para este ano.
Num outro documento, o Banco Popular da China apelou hoje aos principais bancos do país para que "acelerem a implementação das medidas" recentemente anunciadas: "Devemos (...) maximizar o efeito das políticas, aumentar continuamente a confiança do mercado, melhorar as expectativas da sociedade e promover efetivamente a recuperação sustentada da economia".
A economia da China registou um crescimento homólogo de 4,6% no terceiro trimestre de 2024, o ritmo mais baixo desde meados do ano passado e aquém da meta anual de "cerca de 5%", estabelecida por Pequim.
Segundo os dados difundidos hoje pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE), o crescimento homólogo da segunda maior economia do mundo entre junho e setembro ficou também abaixo do ritmo de 4,7%, registado no segundo trimestre do ano.
A fraca procura interna e internacional, uma prolongada crise imobiliária e a falta de confiança dos consumidores suscitaram riscos deflacionários na segunda maior economia do mundo.
O índice de preços no consumidor (IPC), o principal indicador da inflação, aumentou 0,4% em setembro, em termos homólogos, menos do que o previsto e um sinal de fraqueza persistente do lado da procura.
Em vários comunicados publicados no seu portal, a instituição anunciou a criação oficial de um mecanismo que permitirá às empresas de valores mobiliários, aos fundos de investimento ou às seguradoras, obterem liquidez junto do banco central, mediante a entrega de ativos como garantia, ou de um outro instrumento de "reempréstimo", para que as empresas cotadas em bolsa procedam à recompra de ações e para que os seus principais acionistas aumentem as suas participações.
O governador do banco central, Pan Gongsheng, afirmou, num discurso proferido num fórum económico, que estes instrumentos "se baseiam nos princípios do mercado" e que o programa de 'swaps' não equivale a um "apoio financeiro direto" do banco central.
Pan reiterou igualmente que a sua instituição vai proceder a uma nova redução, entre 0,25% e 0,5%, das reservas mínimas bancárias (RRR, a percentagem de fundos que um banco não pode emprestar) até ao final do ano.
As taxas dos acordos de recompra a sete dias ("acordos de recompra", um dos principais e mais comuns instrumentos de injeção de liquidez no sistema financeiro) serão igualmente reduzidas em 0,2% e as taxas das facilidades de crédito a médio prazo ("MLF", outro dos principais métodos de financiamento dos bancos comerciais) em 0,3%.
As medidas foram anunciadas em setembro, após a descida das taxas de juro nos Estados Unidos e a publicação de dados sobre a economia chinesa, piores do que o esperado. O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou então a maiores esforços para atingir o objetivo de crescimento económico de "cerca de 5%" para este ano.
Num outro documento, o Banco Popular da China apelou hoje aos principais bancos do país para que "acelerem a implementação das medidas" recentemente anunciadas: "Devemos (...) maximizar o efeito das políticas, aumentar continuamente a confiança do mercado, melhorar as expectativas da sociedade e promover efetivamente a recuperação sustentada da economia".
A economia da China registou um crescimento homólogo de 4,6% no terceiro trimestre de 2024, o ritmo mais baixo desde meados do ano passado e aquém da meta anual de "cerca de 5%", estabelecida por Pequim.
Segundo os dados difundidos hoje pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE), o crescimento homólogo da segunda maior economia do mundo entre junho e setembro ficou também abaixo do ritmo de 4,7%, registado no segundo trimestre do ano.
A fraca procura interna e internacional, uma prolongada crise imobiliária e a falta de confiança dos consumidores suscitaram riscos deflacionários na segunda maior economia do mundo.
O índice de preços no consumidor (IPC), o principal indicador da inflação, aumentou 0,4% em setembro, em termos homólogos, menos do que o previsto e um sinal de fraqueza persistente do lado da procura.