Notícia
Centeno confortado por Bruxelas reconhecer "bom momento da economia portuguesa"
"A economia portuguesa tem vindo a mostrar muita resiliência, muita resistência a este conjunto de pressões externas que se têm colocado a todos os países, em particular aqueles com economias mais abertas", segundo Centeno.
A carregar o vídeo ...
07 de Novembro de 2019 às 15:02
O ministro das Finanças manifestou-se hoje confortado por a Comissão Europeia ter revisto em alta a previsão de crescimento económico para Portugal, considerando que se trata de "uma boa confirmação" do "bom momento da economia portuguesa" num contexto global difícil.
"É muito interessante, interessante no sentido de boa notícia, que a economia portuguesa veja as suas previsões de crescimento em 2019 revistas em alta, quando a área do euro é revista uma décima em baixa e a generalidade dos países acompanha esta revisão em baixa", comentou Mário Centeno, quando questionado, em Bruxelas, sobre as previsões económicas de outono hoje publicadas pela Comissão Europeia.
Nestas previsões, Bruxelas, tradicionalmente mais pessimista do que o Governo, melhorou em três décimas a estimativa de crescimento económico de Portugal para 2% este ano -- acima das expectativas do Governo, de 1,9% -, quando nas projeções de verão, em julho, antecipava 1,7%, previsão que mantém para 2020, tal como há quatro meses.
Centeno, que falava à entrada para uma reunião do Eurogrupo, a que preside, observou, a propósito, que "o mesmo é verdade para 2020", pois "em 2020, a Comissão prevê neste momento o mesmo valor face à (projeção da) primavera para o crescimento da economia portuguesa, mas revê em forte baixa o crescimento da área do euro, e em particular dos países maiores da área do euro, e em particular daqueles que têm uma dimensão económica semelhante a Portugal".
Embora as previsões da Comissão para 2020 sejam menos otimistas do que as do Governo -- que aponta para um crescimento de 2% do PIB no próximo ano -, o ministro das Finanças recordou que o executivo comunitário errou nas projeções para este ano, algo que foi hoje reconhecido pelo comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, que admitiu que nos últimos anos as previsões de Bruxelas para Portugal pecaram por pessimismo.
"A verdade é que a Comissão se enganou, e eu, que não acho que os enganos se perpetuem, mas deixa-me um pouco, enfim, confortável, que a Comissão Europeia neste momento esteja a manter a sua taxa de crescimento para Portugal (em 2020), quando reduz para a generalidade, a quase totalidade dos outros países da UE", disse, reiterando que acredita que a previsão do Governo, de um crescimento de 2,% no ano que vem, "se venha a concretizar".
"A economia portuguesa tem vindo a mostrar muita resiliência, muita resistência a este conjunto de pressões externas que se têm colocado a todos os países, em particular aqueles com economias mais abertas", segundo Centeno.
"O investimento em Portugal continuará a crescer acima da área do euro nos próximos anos e a Comissão prevê agora também que, pelo menos até 2021, que é o horizonte de previsão, Portugal continuará a convergir com a média da área do euro, ao longo de todo este período. São boas notícias, que têm que ser obviamente continuadas com aquilo que é o trabalho não só do Governo, mas de todos os agentes económicos", observou.
"É muito interessante, interessante no sentido de boa notícia, que a economia portuguesa veja as suas previsões de crescimento em 2019 revistas em alta, quando a área do euro é revista uma décima em baixa e a generalidade dos países acompanha esta revisão em baixa", comentou Mário Centeno, quando questionado, em Bruxelas, sobre as previsões económicas de outono hoje publicadas pela Comissão Europeia.
Centeno, que falava à entrada para uma reunião do Eurogrupo, a que preside, observou, a propósito, que "o mesmo é verdade para 2020", pois "em 2020, a Comissão prevê neste momento o mesmo valor face à (projeção da) primavera para o crescimento da economia portuguesa, mas revê em forte baixa o crescimento da área do euro, e em particular dos países maiores da área do euro, e em particular daqueles que têm uma dimensão económica semelhante a Portugal".
Embora as previsões da Comissão para 2020 sejam menos otimistas do que as do Governo -- que aponta para um crescimento de 2% do PIB no próximo ano -, o ministro das Finanças recordou que o executivo comunitário errou nas projeções para este ano, algo que foi hoje reconhecido pelo comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, que admitiu que nos últimos anos as previsões de Bruxelas para Portugal pecaram por pessimismo.
"A verdade é que a Comissão se enganou, e eu, que não acho que os enganos se perpetuem, mas deixa-me um pouco, enfim, confortável, que a Comissão Europeia neste momento esteja a manter a sua taxa de crescimento para Portugal (em 2020), quando reduz para a generalidade, a quase totalidade dos outros países da UE", disse, reiterando que acredita que a previsão do Governo, de um crescimento de 2,% no ano que vem, "se venha a concretizar".
"A economia portuguesa tem vindo a mostrar muita resiliência, muita resistência a este conjunto de pressões externas que se têm colocado a todos os países, em particular aqueles com economias mais abertas", segundo Centeno.
"O investimento em Portugal continuará a crescer acima da área do euro nos próximos anos e a Comissão prevê agora também que, pelo menos até 2021, que é o horizonte de previsão, Portugal continuará a convergir com a média da área do euro, ao longo de todo este período. São boas notícias, que têm que ser obviamente continuadas com aquilo que é o trabalho não só do Governo, mas de todos os agentes económicos", observou.