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Cavaco Silva quer um "contrato de coesão nacional" (act)

"Este não é o tempo de querelas partidárias ou quezílias ideológicas", mas de "unidade nacional", numa altura em que o País enfrenta "uma situação insustentável" disse o Presidente da República, no discurso de comemoração do Dia de Portugal. Cavaco Silva deixou um apelo: "Não baixemos os braços".

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“Este não é o tempo de querelas partidárias ou quezílias ideológicas”, mas de “unidade nacional”, numa altura em que o País enfrenta “uma situação insustentável” disse o Presidente da República, no discurso de comemoração do Dia de Portugal. Cavaco Silva deixou um apelo: “Não baixemos os braços”.

No discurso para assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Cavaco Silva afirmou que a História do País revela a capacidade que os portugueses sempre tiveram para se unir em tempos difíceis. “A coesão nacional é o nosso bem mais precioso”, disse.

Agora é tempo de o demonstrar novamente. “É conhecida a situação difícil que atravessamos e a exigência dos desafios que temos à nossa frente. Um tempo em que muitos portugueses temem pelo seu emprego, em que muitos dos que estão desempregados receiam não voltar a encontrar trabalho, em que os jovens se interrogam sobre o seu futuro, em que as famílias fazem contas à vida”, afirmou Cava Silva, para mais à frente qualificar o momento que Portugal atravessa como “insustentável”.

O Presidente da República deixou por isso um apelo à unidade. “Um país é feito de pessoas. Por isso é nos portugueses, em todos eles, que têm de se concentrar as prioridades de uma agenda social e política verdadeiramente orientada pelos valores da justiça e coesão”, afirmou.

Cavaco Silva defendeu um “contrato de coesão nacional” e fez um apelo à paz social e política. “Nestes tempos de incerteza é necessário um contrato social de unidade entre trabalhadores e empresários”, disse. “Este não é o tempo de querelas partidárias ou quezílias ideológicas que nos possam distrair do essencial”, afirmou também.

Este contrato de coesão nacional passa também por uma maior solidariedade territorial e geracional: “Não podemos deixar que sejam os dois extremos da pirâmide etária, os mais velhos e os mais novos, a suportar os encargos sociais mais pesados das dificuldades do presente”.

O Presidente da República salientou ainda que “os sacrifícios que fazemos têm de ser repartidos de forma equitativa e justa e, mais do que isso, têm de possuir um sentido claro e transparente”. “A justiça social afirma-se como uma orientação estratégica para nos defendermos das dificuldades que atravessamos”, acrescentou.

“Portugal precisa de um pacto de unidade e solidariedade entre os que estão empregados e os que perderam o emprego”, afirmou Cavaco Silva, elegendo o desemprego como o principal flagelo que o País enfrenta.

“Se no passado mostrámos que Portugal era um país provável, nos nossos dias temos de mostrar ao mundo que somos um país credível, que merece confiança, um país que tem um rumo”, pediu ainda Cavaco Silva.

O Presidente terminou o discurso com um apelo: “Não baixemos os braços. Estou certo que juntos conseguiremos”.



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