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Wall Street responde com recordes à eleição de Trump

S&P 500 registou novo máximo e teve melhor dia pós-eleitoral de sempre após vitória do candidato republicano nas presidenciais. Expectativas sobre políticas pró-crescimento, baixa de impostos e desregulação levaram a ganhos robustos das ações.   

Os lucros do JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup subiram 35%, 60% e 2%, respetivamente, no terceiro trimestre.
Andrew Kelly/Reuters
06 de Novembro de 2024 às 21:45
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As ações dos EUA aceleraram no seguimento da vitória eleitoral de Donald Trump nas eleições norte-americanas, com o S&P 500 a alcançar um novo recorde e a registar a melhor sessão pós-eleitoral de sempre.   

 

Todos os principais índices registaram ganhos robustos. O S&P 500 ganhou 2,53% para 5,929,04 pontos, enquanto o Dow Jones Industrial Average subiu 3,57% para 43.729,93 pontos e o Nasdaq, dominado pelas tecnológicas, avançou 2,93% para 18.978,65, impulsionados pelas perspetivas de crescimento que as políticas de Trump poderão trazer à economia norte-americana.

 

Um índice que acompanha as "small caps" – as empresas de dimensão média com uma capitalização bolsista mais baixa – acelerou 5,8%, com as expectativas sobre serem beneficiadas por uma política mais protecionista.     

Mas estas não foram o único setor a sair beneficiado: os bancos ganharam com as perspetivas de diminuição da regulação e da queda de impostos, assim como as tecnológicas, que podem ser favorecidas por uma política monetária de juros mais baixos, mais alinhada com a visão de Trump.    

     

O índice que segue as "Sete Magnificas" atingiu um máximo histórico, liderado pela Tesla de Elon Musk, um dos principais apoiantes de Trump, que disparou quase 15%.

"Por agora, o sentimento dos investidores é pró-crescimento, pró-desregulação e pró-mercados", resume David Bahnsen, diretor de investimento do The Bahnsen Group, citado pela Bloomberg. "A maior conclusão da noite passada é que recebemos a certeza pela qual o mercado anseia", complementa Ryan Grabinski, da Strategas.

Contudo, as políticas de Trump também estão rodeadas de receios para alguns investidores, que pensam que os cortes de impostos e a aplicação de tarifas aos parceiros comerciais podem desencadear novas pressões de preços, além de aumentarem o deficit federal.   

 

Por isso, as atenções estão concentradas na próxima decisão da Reserva Federal, que será anunciada na quinta-feira. As probabilidades de um corte de 25 pontos base estão praticamente a 100%, mas são os sinais sobre o rumo da política monetária sob uma presidência Trump que estarão em foco.    

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