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Wall Street responde com recordes à eleição de Trump
S&P 500 registou novo máximo e teve melhor dia pós-eleitoral de sempre após vitória do candidato republicano nas presidenciais. Expectativas sobre políticas pró-crescimento, baixa de impostos e desregulação levaram a ganhos robustos das ações.
As ações dos EUA aceleraram no seguimento da vitória eleitoral de Donald Trump nas eleições norte-americanas, com o S&P 500 a alcançar um novo recorde e a registar a melhor sessão pós-eleitoral de sempre.
Todos os principais índices registaram ganhos robustos. O S&P 500 ganhou 2,53% para 5,929,04 pontos, enquanto o Dow Jones Industrial Average subiu 3,57% para 43.729,93 pontos e o Nasdaq, dominado pelas tecnológicas, avançou 2,93% para 18.978,65, impulsionados pelas perspetivas de crescimento que as políticas de Trump poderão trazer à economia norte-americana.
Um índice que acompanha as "small caps" – as empresas de dimensão média com uma capitalização bolsista mais baixa – acelerou 5,8%, com as expectativas sobre serem beneficiadas por uma política mais protecionista.
Mas estas não foram o único setor a sair beneficiado: os bancos ganharam com as perspetivas de diminuição da regulação e da queda de impostos, assim como as tecnológicas, que podem ser favorecidas por uma política monetária de juros mais baixos, mais alinhada com a visão de Trump.
O índice que segue as "Sete Magnificas" atingiu um máximo histórico, liderado pela Tesla de Elon Musk, um dos principais apoiantes de Trump, que disparou quase 15%.
"Por agora, o sentimento dos investidores é pró-crescimento, pró-desregulação e pró-mercados", resume David Bahnsen, diretor de investimento do The Bahnsen Group, citado pela Bloomberg. "A maior conclusão da noite passada é que recebemos a certeza pela qual o mercado anseia", complementa Ryan Grabinski, da Strategas.
Contudo, as políticas de Trump também estão rodeadas de receios para alguns investidores, que pensam que os cortes de impostos e a aplicação de tarifas aos parceiros comerciais podem desencadear novas pressões de preços, além de aumentarem o deficit federal.
Por isso, as atenções estão concentradas na próxima decisão da Reserva Federal, que será anunciada na quinta-feira. As probabilidades de um corte de 25 pontos base estão praticamente a 100%, mas são os sinais sobre o rumo da política monetária sob uma presidência Trump que estarão em foco.