Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Catarina Martins: é tempo de perceber exactamente o que aconteceu na região Centro

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) afirmou esta segunda-feira em Leiria que chegou o momento de perceber "o que correu bem e o que correu mal" nos incêndios da região Centro, defendendo a rápida aprovação da reforma florestal.

Miguel Baltazar/Negócios
26 de Junho de 2017 às 22:33
  • ...

"Todo o país respondeu com uma enorme solidariedade ao que aconteceu. Agora, é preciso que o Estado garanta que todos os mecanismos cheguem às populações necessitadas. Temos questionado o Governo sobre esta matéria e vai sendo tempo de se perceber exactamente tudo o que aconteceu, o que correu bem e o que correu mal", disse Catarina Martins em Leiria, onde apresentou o candidato local às autárquicas.

 

Para o BE, "é preciso perceber que responsabilidades existem neste processo e que erros devem ser corrigidos", de modo a que "todas as pessoas possam confiar na sua protecção civil". 

 

Catarina Martins entende que é preciso saber "todos pormenores do que aconteceu", que "sejam apuradas responsabilidades" e que "a Protecção Civil possa ter um programa pronto para apresentar ao país, dando segurança para este Verão".

 

Os incêndios que deflagraram na região Centro, a 17 de Junho, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e consumiram 53 mil hectares de floresta.

 

A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leira, e em Góis, no distrito de Coimbra - corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

 

A líder do BE sublinhou que "este é o momento para não adiar mais as alterações que são necessárias na floresta". "Sabemos que sem prevenção não há protecção que nos valha. A reforma florestal deve avançar, nomeadamente limitando-se o eucalipto em Portugal, que tem a maior mancha absoluta da Europa".

 

Nesta matéria, exortou o Parlamento a ser "consequente". "Já se debateu, existem propostas, não só do Bloco de Esquerda, mas do Governo também: é preciso fazer escolhas e votar, ser consequente. Se estamos todos de acordo que a floresta não está bem, então não podemos adiar mais os passos que são essenciais".

 

"Depois de todo este debate desde o final do ano passado, ninguém compreenderia que mais uma vez se adiasse o que já todos nós dizemos que deve ser feito. A legislação deve avançar", frisou Catarina Martins.

 

Para o BE, a reforma deve "combater o abandono da terra" e "a mancha contínua de eucalipto e pinheiro", garantindo "uma gestão da floresta que permita que não haja só monocultura e que as populações do interior possam ter rendimento dessa floresta".

 

Catarina Martins recusou comentar afirmações de Pedro Passos Coelho sobre eventuais suicídios de vítimas dos incêndios, por falta de apoio psicológico, dizendo apenas que "há temas que merecem reserva".

Ver comentários
Saber mais Protecção Civil Catarina Martins Pedrógão Relatório Anual de Segurança Interna Góis Coimbra Leira Bloco de Esquerda política
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio