Notícia
Catalunha pede 5 mil milhões de euros ao governo espanhol
A Catalunha anunciou que vai pedir ao Fundo de Liquidez das Autonomias 5 mil milhões de euros mas que "não aceitará condições políticas".
28 de Agosto de 2012 às 13:16
A Catalunha anunciou que vai pedir ao Fundo de Liquidez das Autonomias 5 mil milhões de euros mas que "não aceitará condições políticas".
O porta-voz do executivo catalão, Francesc Homs, avisou que a região não irá tolerar "condições políticas" em troca da ajuda financeira do governo central. "Pedir um resgate à Europa e recorrer ao Estado espanhol são duas coisas diferentes. O dinheiro que estamos a pedir é pago pelos catalães e gerido pelo governo espanhol. No caso da Europa, o dinheiro não é dos espanhóis mas de outros países", disse Francesc Homs citado pelo diário "El País".
A região já tinha anunciado em Julho passado que ia recorrer ao Fundo de Liquidez das Autonomias mas só hoje oficializou o pedido e fixou o valor. No total, a Catalunha vai pedir ao governo central 5.023 milhões de euros "para fazer face aos vencimentos da dívida até ao final deste ano".
A Catalunha é a região mais endividada de Espanha. Desde o início da crise, a região viu a sua dívida mais do que duplicar e atingir os 42 mil milhões de euros, segundo dados publicados em Junho pelo Banco de Espanha.
Mariano Rajoy já reagiu à formalização do pedido de ajuda, garantindo que o governo central "ajudará a Catalunha e as outras comunidades autónomas" para que resolvam os seus problemas de liquidez, mantendo-se os compromissos de cortes do défice e dívida.
"O Governo da Catalunha, como já se sabia, tem um problema de liquidez. Não pode enfrentar alguns vencimentos da sua dívida. Esse é o grande problema que tem actualmente o nosso país", disse Mariano Rajoy durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, em Madrid.
"A Catalunha tem que pagar os vencimentos da dívida, não o pode fazer e pede ajuda ao estado. Isto é algo que se fez nos últimos meses com várias comunidades e que continuaremos a fazer", disse o presidente do governo espanhol.
"Dissemos às comunidades autónomas que também são Espanha. Até aqui já ampliámos os prazos de dívidas, fizemos a operação de financiamento para pagar aos fornecedores e ajudámos no passado a refinanciar as suas dívidas", destacou Rajoy.
"Isto não é novo. Ocorreu com a Andaluzia, com a Comunidade Valenciana e outras. Nós não nos vamos alhear dos problemas e dificuldades que tenham as comunidades autónomas", garantiu o presidente do governo de Espanha.
Apesar disso, insistiu Rajoy, é importante que todos os Governos - nacional, regional e locais - "cumpram os compromissos de défice e dívida pública".
"O que nos trouxe até aqui foi o défice público descomunal. Não podemos gastar o que não temos. Isso tem que acabar", disse.
"Temos que ir reduzindo o défice porque corremos o risco de não nos podermos financiar. Não se trata de criar polémicas, mas sim de resolver problemas", afirmou ainda Mariano Rajoy.
(Notícia actualizada às 15h17 com declarações de Mariano Rajoy)
O porta-voz do executivo catalão, Francesc Homs, avisou que a região não irá tolerar "condições políticas" em troca da ajuda financeira do governo central. "Pedir um resgate à Europa e recorrer ao Estado espanhol são duas coisas diferentes. O dinheiro que estamos a pedir é pago pelos catalães e gerido pelo governo espanhol. No caso da Europa, o dinheiro não é dos espanhóis mas de outros países", disse Francesc Homs citado pelo diário "El País".
A Catalunha é a região mais endividada de Espanha. Desde o início da crise, a região viu a sua dívida mais do que duplicar e atingir os 42 mil milhões de euros, segundo dados publicados em Junho pelo Banco de Espanha.
Mariano Rajoy já reagiu à formalização do pedido de ajuda, garantindo que o governo central "ajudará a Catalunha e as outras comunidades autónomas" para que resolvam os seus problemas de liquidez, mantendo-se os compromissos de cortes do défice e dívida.
"O Governo da Catalunha, como já se sabia, tem um problema de liquidez. Não pode enfrentar alguns vencimentos da sua dívida. Esse é o grande problema que tem actualmente o nosso país", disse Mariano Rajoy durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, em Madrid.
"A Catalunha tem que pagar os vencimentos da dívida, não o pode fazer e pede ajuda ao estado. Isto é algo que se fez nos últimos meses com várias comunidades e que continuaremos a fazer", disse o presidente do governo espanhol.
"Dissemos às comunidades autónomas que também são Espanha. Até aqui já ampliámos os prazos de dívidas, fizemos a operação de financiamento para pagar aos fornecedores e ajudámos no passado a refinanciar as suas dívidas", destacou Rajoy.
"Isto não é novo. Ocorreu com a Andaluzia, com a Comunidade Valenciana e outras. Nós não nos vamos alhear dos problemas e dificuldades que tenham as comunidades autónomas", garantiu o presidente do governo de Espanha.
Apesar disso, insistiu Rajoy, é importante que todos os Governos - nacional, regional e locais - "cumpram os compromissos de défice e dívida pública".
"O que nos trouxe até aqui foi o défice público descomunal. Não podemos gastar o que não temos. Isso tem que acabar", disse.
"Temos que ir reduzindo o défice porque corremos o risco de não nos podermos financiar. Não se trata de criar polémicas, mas sim de resolver problemas", afirmou ainda Mariano Rajoy.
(Notícia actualizada às 15h17 com declarações de Mariano Rajoy)