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Carlos Tavares diz turismo será motor de retoma da economia em 2003

O sector do turismo será o motor da retoma da economia nacional no inicio de 2003, disse Carlos Tavares, assegurando que serão dadas garantias às agências de viagens de cinco milhões de euros.

22 de Janeiro de 2003 às 18:28
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O sector do turismo será o motor da retoma da economia nacional no inicio de 2003, disse Carlos Tavares, ministro de Economia, assegurando que serão dadas garantias às agências de viagens no valor de cinco milhões de euros para apoiar ao crescimento do sector.

«O turismo será um dos primeiros sectores a alavancar a economia. Contamos que seja um dos motores de desenvolvimento sustentado da economia», referiu Carlos Tavares na cerimónia inaugural da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).

O ministro entende que este sector «terá um crescimento médio entre 5 a 6% em 2003», depois de 2002 se ter assistido a uma subida da receita média por turista de 2,5%.

«Temos perspectivas muito animadoras no turismo em 2003», adiantou o mesmo responsável, assegurando que os receios de guerra não preocupam Portugal.

«Uma guerra é sempre um fenómeno negativo e desse ponto de vista não é habitual que esses fenómenos de conflitos no Oriente prejudiquem Portugal e antes pelo contrário e por vezes, fazem direccionar alguns fluxos turísticos».

Para tornar Portugal, num destino ainda mais atractivo, Tavares destacou os apoios do Governo a este sector.

«As agências de viagens têm uma papel fundamental no desenvolvimento sustentado do sector», revelou o ministro que lembrou as dificuldades financeiras que algumas empresas atravessam com a crise provocada pela recessão económica e receios de terrorismo.

Neste sentido, o ministro anunciou que, no âmbito do protocolo entre o Instituto de Apoio e Financiamento do Turismo (IFT) e a Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua, serão dadas garantias às agências de turismo que exerçam a actividade há mais de dois anos, no valor de cinco milhões de euros.

A fim de aumentar a qualificação da oferta turística, Tavares lembrou os instrumentos existentes no âmbito da política económica. Além da linha de financiamento de 250 milhões de euros e o aumento dos incentivos ao abrigo do Programa Operacional da Economia (POE), bem como a reserva fiscal, a redução da taxa de IRC para 20%, a partir de 2006, constituirão factores para o aumento do investimento do país e do turismo.

Governo implementa política plurianual do turismo

O Governo pretende fomentar o crescimento do sector turístico implementado políticas de médio prazo, estando a ser preparado um programa plurianual com objectivos definidos para este sector que representa cerca de 11% do Produto Interno Bruto (PIB).

«No entanto, é preciso também dinamizar o sector no imediato», acrescentou a mesma fonte. Por fim a colmatar as falhas no sector, Tavares referiu que serão reduzidas as estruturas das regiões de turismo das actuais 19 para cinco, que actuarão de forma concertada e com o sector privado.

O turismo interno também será aumentado, indo o ICEP assinar um protocolo com a associação de turismo e a RTP no lançamento de 48 programas televisivos subordinado ao tema «Descobrir Portugal».

Na reunião do Fórum Económico Mundial que ser vai realizar em Davos (Suíça) a partir de sexta-feira, Tavares vai destacar o turismo como uma das 17 razões para se investir em Portugal. Num encontro recente com embaixadores, Tavares sublinhou 10 boas razões para se investir em Portugal. «Vamos acrescentar algumas boas razões às iniciais», referiu o ministro da Economia.

Tavares acredita que «Portugal será um dos países no quadro da Europa mais atractivos para o investimento», não se mostrando preocupado com a entrada dos países do Leste no âmbito do alargamento comunitário.

A integração da Confederação do Turismo Português (CTP) na Comissão Permanente de Concertação Social será aprovada, em breve, em Conselho de Ministros.

Por Bárbara Leite

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