João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, anunciou hoje que suspendeu a participação na concertação social, depois das declarações do ministro da Agricultura, Jaime Silva, que acusou alguns dirigentes da CAP serem de extrema-direita.

“As declarações de Jaime Silva, associando a CAP a interesses de extrema-direita, merecem da confederação o mais veemente repúdio” avançou João Machado em conferência de imprensa.

O mesmo responsável exige agora a intervenção de José Sócrates para esclarecer se a opinião do Governo é igual à do ministro da Agricultura.

“Enquanto não forem explicadas cabalmente as declarações, a CAP suspende a participação na concertação social incluindo as negociações em curso”.

Amanhã os parceiros da concertação reúnem-se às 9h30 para discutir a revisão do código do trabalho.

O líder da CAP ainda apontou que as declarações de Jaime Silva “são uma afronta e um insulto” e que o primeiro-ministro “tem que corrigir o comportamento do seu ministro”.

Ainda na conferência João Machado salientou que já esta tarde falou com José Sócrates que lhe disse que iria fazer uma declaração “quando fosse oportuno”.

Além de José Sócrates, João Machado revelou que falou também com Jaime Silva que lhe terá dito que foi mal interpretado.