Notícia
Câmaras pagam comida e luz a quem foi apanhado pela crise
Há cada vez mais gente a pedir fiado na Mercearia Nogueira, mas a boa vontade do dono não chega para dizer que sim a todos. "Os clientes de confiança, que antes pagavam religiosamente no fim do mês, pagam cada vez mais tarde e no último ano noto que aparece gente nova a pedir fiado. Às vezes lá me deixo convencer" diz Paulo Nogueira, enquanto mostra o livrinho que estava a cair em desuso e que a crise voltou a recuperar.
09 de Março de 2009 às 00:01
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Há cada vez mais gente a pedir fiado na Mercearia Nogueira, mas a boa vontade do dono não chega para dizer que sim a todos. "Os clientes de confiança, que antes pagavam religiosamente no fim do mês, pagam cada vez mais tarde e no último ano noto que aparece gente nova a pedir fiado. Às vezes lá me deixo convencer" diz Paulo Nogueira, enquanto mostra o livrinho que estava a cair em desuso e que a crise voltou a recuperar.
O caderno preto de Paulo é apenas um sinal das dificuldades crescentes que as famílias enfrentam um pouco por todo o país e cujos ecos chegam com maior insistência aos gabinetes de acção social das câmaras municipais. No Interior ou no Litoral, não há excepções. Os telefonemas e os pedidos de ajuda para pagar a prestação da casa, as contas da luz ou comida multiplicam-se.
Depois dos planos nacionais para combater a crise, é agora a vez das autarquias alinharem esforços para apoiarem o crescente número de desempregados e de pessoas que de uma hora para a outra vêem os seus rendimentos reduzir-se.
A comparticipação das rendas e das tarifas de água e saneamento, a criação de lojas sociais, o fornecimento de refeições gratuitas, a comparticipação de medicamentos, os apoios a estudantes ou a criação de gabinetes de inserção profissional são algumas das medidas que as câmaras estão a promover em articulação com as instituições de solidariedade social de cada concelho.
A criação de emprego não foi esquecida e há autarquias que pretendem estimular o micro-crédito, que estão a reduzir as taxas pagas pelas empresas ou a antecipar obras para relançar as economias locais, nomeadamente a construção civil e todas as empresas que gravitam à volta da actividade.
Sintra, Fundão, Figueira de Castelo Rodrigo, Óbidos, Portimão, Évora, Alcácer do Sal, Montemor-o-Novo, Faro, Almodôvar, entre outras, estão entre as câmaras que já avançaram com programas próprios. Nuns caso trata-se de medidas novas, noutros reforçam-se os apoios existentes, assim como os beneficiários.
O caderno preto de Paulo é apenas um sinal das dificuldades crescentes que as famílias enfrentam um pouco por todo o país e cujos ecos chegam com maior insistência aos gabinetes de acção social das câmaras municipais. No Interior ou no Litoral, não há excepções. Os telefonemas e os pedidos de ajuda para pagar a prestação da casa, as contas da luz ou comida multiplicam-se.
A comparticipação das rendas e das tarifas de água e saneamento, a criação de lojas sociais, o fornecimento de refeições gratuitas, a comparticipação de medicamentos, os apoios a estudantes ou a criação de gabinetes de inserção profissional são algumas das medidas que as câmaras estão a promover em articulação com as instituições de solidariedade social de cada concelho.
A criação de emprego não foi esquecida e há autarquias que pretendem estimular o micro-crédito, que estão a reduzir as taxas pagas pelas empresas ou a antecipar obras para relançar as economias locais, nomeadamente a construção civil e todas as empresas que gravitam à volta da actividade.
Sintra, Fundão, Figueira de Castelo Rodrigo, Óbidos, Portimão, Évora, Alcácer do Sal, Montemor-o-Novo, Faro, Almodôvar, entre outras, estão entre as câmaras que já avançaram com programas próprios. Nuns caso trata-se de medidas novas, noutros reforçam-se os apoios existentes, assim como os beneficiários.