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Bruxelas assinala a retoma, mas mantém Zona Euro a crescer 0,8%

Já para 2025, a Comissão Europeia faz uma ligeira revisão em baixa, esperando 1,4% de subida do PIB no bloco da moeda única. Países do sul têm melhor desempenho e convergem.

O comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, avisa que os efeitos da política monetária mais apertada “vão tornar-se visíveis”.
Olivier Hoslet/Epa
15 de Maio de 2024 às 12:18
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A retoma dos países da Zona Euro já começou, e vai fortalecer-se até ao final do ano com a ajuda principal do consumo das famílias, acredita a Comissão Europeia. Mas esta nota de maior otimismo é, para já, insuficiente para apoiar uma nova revisão em alta das perspetivas de crescimento para este ano.

Nesta quarta-feira, as previsões de Primavera apresentadas pelo comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, manteve inalterada, com uma previsão de 0,8% de subida do PIB, a previsão de crescimento para a Zona Euro feita em fevereiro último. Já para 2025, é feita uma ligeira revisão em baixa, com Bruxelas a esperar agora 1,4% de crescimento.

Após um crescimento trimestral de 0,3%, acima das expetativas, a Comissão Europeia vê as economias europeias a acelerarem o passo ao longo dos próximos trimestres, sobretudo, apoiadas pelo consumo privado. Este deverá acelerar, após uma subida de meros 0,4% no ano passado, com apoio do mercado de trabalho e de melhorias no rendimento disponível das famílias. Ainda assim, deverá ser "parcialmente contido" pela subida de taxas de poupança num quadro de incerteza ainda prolongada.

Já para o conjunto da União Europeia, Paolo Gentiloni deu conta de notícias "moderadamente boas", com uma ligeira revisão em alta na previsão para este ano, mas em baixa para 2025. "A atividade económica recuperou no primeiro trimestre. A dinâmica económica deverá aumentar de ritmo nos próximos trimestres, levando a um crescimento anual de 1% para a União Europeia neste ano e de 1,6% no próximo", indicou o comissário.

No espaço do euro, praticamente todos os países estarão já a crescer em 2024. Só Estónia (-0,5%) e Finlândia (com crescimento nulo) destoam no quadro de previsões.



Nas maiores economias, a Alemanha poderá recuperar para um crescimento marginal, de 0,1%, após a recessão do último ano, enquanto França deverá manter o ritmo de 0,7% de subida do PIB registado no ano passado. A previsão é também de estabilização para Itália, com uma previsão de crescimento de 0,9%. 

Os melhores cenários de crescimento estão agora no sul do continente europeu. Além de Portugal, com 1,7% de subida do PIB prevista para este ano, a Comissão espera 4,6% de subida do PIB e Malta, 3,3% na Croácia, 2,8% em Chipre, 2,2% na Grécia e 2,1% em Espanha.

São, segundo Bruxelas, bons sinais para o bloco meridional do euro. "Com a expansão económica da margem sul da UE ainda a ultrapassar a da Europa Ocidental e do Norte, a convergência económica com a UE deverá progredir mais. No 20.º aniversário do alargamento da UE a leste e a sul, é notável que, após praticamente estagnar no ano passado, a convergência esteja também a ser retomada pelos novos Estados-membros", refere o relatório de previsões da Comissão.
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