Notícia
Brexit: Londres disposta a negociar com UE até deixar de haver perspetiva de acordo
O Reino Unido vai continuar a negociar até não existir qualquer perspetiva de acordo de comércio pós-Brexit com a União Europeia (UE), afirmou hoje no parlamento a Tesoureira Mor britânica, Penny Mordaunt, em representação do governo de Boris Johnson.
10 de Dezembro de 2020 às 12:17
"Vamos fazer o possível para alcançar um acordo, que é o melhor resultado, um acordo estilo Canadá, e vamos fazer tudo o que for possível e continuar as negociações até não existir mais esperança de tal acontecer. Neste momento existe esperança de acontecer, apesar de as coisas parecerem sombrias", disse Mordaunt aos deputados, em resposta a uma pergunta urgente colocada pelo Partido Trabalhista, o principal partido da oposição.
Na quarta-feira à noite, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recebeu em Bruxelas o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para um jantar para discutir o pós-Brexit numa altura decisiva das negociações.
No final do encontro, Ursula von der Leyen vincou em comunicado que deverá ser tomada uma decisão acerca de um acordo pós-Brexit até domingo, sublinhando que as posições dos dois parceiros se mantêm "muito distantes".
Do lado britânico, o governo disse em comunicado que os dois líderes tiveram uma "discussão franca sobre o ponto de situação das negociações" e que ambos admitiram que "a situação continua muito difícil e que ainda existiam diferenças muito grandes entre os dois lados".
No entanto, concordaram em que as equipas negociadoras retomassem as negociações em Bruxelas nos próximos dias e estabeleceram que "uma decisão firme deve ser tomada sobre o futuro das negociações no domingo".
Sem descartar totalmente uma nova prorrogação das negociações após o fim de semana, o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, considerou hoje "improvável" se a UE não ceder.
"Não penso que possamos continuar a este ritmo sem algum progresso e alguma flexibilidade", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico à BBC.
UE e Reino Unido tentam chegar a acordo sobre as relações futuras, já que a partir de 01 de janeiro de 2021 -- data que coincide com o arranque da presidência portuguesa do Conselho da UE, no primeiro semestre do ano.
O Reino Unido, que abandonou o bloco europeu em janeiro de 2020, deixa de gozar no final do ano do chamado período de transição, que manteve o acesso dos britânicos ao mercado único.
Os principais pontos de discórdia desde março continuam a ser o acesso europeu às águas de pesca britânicas, como resolver disputas no futuro e as garantias exigidas pela UE em Londres em termos de concorrência em troca de um acesso sem direitos aduaneiros ou quotas ao mercado continental.
Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.
Já hoje, a Comissão Europeia apresentou um conjunto de medidas de contingência específicas nas áreas dos transportes e das pescas, tendo em vista as incertezas sobre um acordo pós-'Brexit' entre a UE e o Reino Unido.
Na quarta-feira à noite, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recebeu em Bruxelas o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para um jantar para discutir o pós-Brexit numa altura decisiva das negociações.
Do lado britânico, o governo disse em comunicado que os dois líderes tiveram uma "discussão franca sobre o ponto de situação das negociações" e que ambos admitiram que "a situação continua muito difícil e que ainda existiam diferenças muito grandes entre os dois lados".
No entanto, concordaram em que as equipas negociadoras retomassem as negociações em Bruxelas nos próximos dias e estabeleceram que "uma decisão firme deve ser tomada sobre o futuro das negociações no domingo".
Sem descartar totalmente uma nova prorrogação das negociações após o fim de semana, o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, considerou hoje "improvável" se a UE não ceder.
"Não penso que possamos continuar a este ritmo sem algum progresso e alguma flexibilidade", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico à BBC.
UE e Reino Unido tentam chegar a acordo sobre as relações futuras, já que a partir de 01 de janeiro de 2021 -- data que coincide com o arranque da presidência portuguesa do Conselho da UE, no primeiro semestre do ano.
O Reino Unido, que abandonou o bloco europeu em janeiro de 2020, deixa de gozar no final do ano do chamado período de transição, que manteve o acesso dos britânicos ao mercado único.
Os principais pontos de discórdia desde março continuam a ser o acesso europeu às águas de pesca britânicas, como resolver disputas no futuro e as garantias exigidas pela UE em Londres em termos de concorrência em troca de um acesso sem direitos aduaneiros ou quotas ao mercado continental.
Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.
Já hoje, a Comissão Europeia apresentou um conjunto de medidas de contingência específicas nas áreas dos transportes e das pescas, tendo em vista as incertezas sobre um acordo pós-'Brexit' entre a UE e o Reino Unido.