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Bloco de Esquerda e FMI, a mesma luta?

O Bloco de Esquerda citou esta segunda-feira a entrevista do chefe de missão do FMI ao Negócios para desvalorizar os números da descida do desemprego. O ministro pergunta se, agora, o BE está na mesma luta do FMI.

Bruno Simão/Negócios
10 de Novembro de 2014 às 17:23
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Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, socorreu-se esta segunda-feira da entrevista do chefe de missão do FMI ao Negócios para pedir explicações detalhadas sobre a diminuição da taxa de desemprego – "É que ninguém percebe mesmo" como é que a economia está a criar postos de trabalho. Pedro Mota Soares recorreu à ironia, perguntando se seria caso para dizer: "Bloco de Esquerda e FMI, a mesma luta"?

 

A deputada do BE reagia à intervenção do ministro da Segurança Social, que esta tarde no Parlamento usou a redução da taxa de desemprego e o aumento do emprego como uma das provas de que o País está a dar a volta após o fortíssimo ajustamento a que foi sujeito. "Hoje há mais 210 mil empregos e estamos a falar de criação líquida de postos de trabalho!"; "Só neste último trimestre criaram-se 37 mil empregos jovens". "37 mil num trimestre!". E "os desempregados de longa duração, que hoje sabemos serem menos 83 mil que no início de 2013", foi enumerando Pedro Mota Soares. Tudo exemplos que, segundo o ministro, configuram uma vitória dos trabalhadores e empresários. Vitória da economia portuguesa, do empreendedorismo, vitória do investimento feito em Portugal", reclamou.

 

Mas para Jorge Machado, do PCP, os números não passam de uma mistificação, equiparáveis à "alucinada intervenção" feita por Pires de Lima na passada semana, já que aos números oficiais é preciso somar os desencorajados, que já desistiram de procurar uma nova ocupação, e por isso saíram das estatísticas, e os emigrados.  

 

Já Mariana Aiveca, do BE, lembrou a entrevista de Subir Lall ao Negócios onde o chefe de missão do FMI admite que ninguém percebe bem como é que a taxa de desemprego está a baixar. Mariana Aiveca quer que o ministro explique exactamente o fenómeno. "É que ninguém percebe mesmo", garante a deputada. 

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