Notícia
Bloco quer mais apoios ao emprego, Costa não quer ilusões porque crise terá "impacto"
Catarina Martins questionou o Governo sobre se não tem de considerar "mais apoios" para garantir empregos e evitar despedimentos. António Costa lembrou medidas já aditadas, mas alertou que é preciso não cair na "ilusão" de que esta crise não tenha impacto no emprego.
Na abertura do debate quinzenal, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, questionou o Governo se não está na altura de adotar mais medidas de proteção ao emprego. O primeiro-ministro, António Costa, garantiu que o Executivo está a trabalhar nesse sentido, porém avisou que não se pode cair na "ilusão" de que a crise em curso não se repercuta no emprego.
A deputada e líder bloquista lembrou que a TAP "despediu 100 precários e ameaça que outros 700 contratos podem acabar", que a Fnac "despediu os trabalhadores em período experiemntal" e que até o próprio IEFP "não está a pagar aos formadores".
"Não acha que está na altura de irmos mais longe, nomeadamente para defendermos os empregos", perguntou Catarina Martins ao primeiro-ministro, sugerindo fazer o mesmo que se fez com as rendas da habitação, ou seja, prologando-se os contratos para que os trabalhadores em causa não vão para o desemprego. "O Governo não considera mais apoios, com mais condicionalidades, para manter o emprego, nomeadamente chamando a banca a este esforço e garantindo a suspensão das prestações bancárias neste momento", questionou ainda a líder do Bloco.
O primeiro-ministro defendeu que nesta fase " medida mais importante para sustentar o rendimento é garantir o emprego", acrescentando que por essa razão o Executivo tem mantido "as empresas em atividade" com medidas como a agilização do pagamento de fundos comunitários, a abertura de linhas de crédito ao setor empresaria, o adiamento de obrigações fiscais ou o recurso a regimes flexibilizados de recurso ao "lay-off".
António Costa sinaliza que o impacto da crise na economia será "muito profundo e duradouro" e que, assente num esforço tripartido, que inclui também empregadores e trabalhadores, o Governo vai trabalhar para sustentar "emprego e rendimento das famílias na medida do possível".
"Quanto ao emprego, temos estado a monitorizar. Não podemos criar a ilusão de que é possível viver esta crise que estamos a viver sem que o emprego sofra um impacto", alertou. Respondendo ainda a outra das preocupações demonstradas por Catarina Martins, e depois de, na passada sexta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) ter esclarecido que os bancos poderão assegurar moratórias de créditos a particulares e empresas, António Costa prometeu que ainda "durante esta semana" o Governo irá "aprovar o quadro legislativo necessário para que essas moratórias de créditos" estejam asseguradas. Uma medida "fundamental para que não haja pressão acrescida", sustentou o também secretário-geral do PS.
BE insiste em requisição civil dos privados
A coordenadora bloquista voltou também à carga com a necessidade de se recorrer a uma requisição civil dos privados para reforçar a capacidade instalada do Serviço Nacional de Saúde, dando argumentos para esta decisão como a pressão crescente sobre o SNS neste contexto de pandemia ou algumas decisões tomadas por grupos privados da saúde tais como a venda de testes ao Estado a 100 euros ou o encerramento de urgências pela CUF.
"Não seria a altura de fazer requisição civil aos privados para garantir todos os meios", perguntou, notando que sendo essa requisição "provável" é melhor "fazê-la mais cedo do que tarde", até para facilitar a integração dos serviços.
O líder do Governo não afastou essa possibilidade, porém garantiu que "até agora não se colocou a necessidade de proceder a nenhuma requisição civil". Costa adiantou que o Executivo tem trabalhado para reforçar a articulação, bem como a capacidade de resposta integrada, revelando que as Forças Armadas podem "fornecer 2 mil camas", que a próxima segunda-feira será disponibilizado um piso do antigo Hospital Militar e que serão usados hotéis atualmente sem clientes para "isolar pessoas em isolamento ou internadas em hospitais" que possam ser colocadas noutro local.
(Notícia atualizada)
A deputada e líder bloquista lembrou que a TAP "despediu 100 precários e ameaça que outros 700 contratos podem acabar", que a Fnac "despediu os trabalhadores em período experiemntal" e que até o próprio IEFP "não está a pagar aos formadores".
O primeiro-ministro defendeu que nesta fase " medida mais importante para sustentar o rendimento é garantir o emprego", acrescentando que por essa razão o Executivo tem mantido "as empresas em atividade" com medidas como a agilização do pagamento de fundos comunitários, a abertura de linhas de crédito ao setor empresaria, o adiamento de obrigações fiscais ou o recurso a regimes flexibilizados de recurso ao "lay-off".
António Costa sinaliza que o impacto da crise na economia será "muito profundo e duradouro" e que, assente num esforço tripartido, que inclui também empregadores e trabalhadores, o Governo vai trabalhar para sustentar "emprego e rendimento das famílias na medida do possível".
"Quanto ao emprego, temos estado a monitorizar. Não podemos criar a ilusão de que é possível viver esta crise que estamos a viver sem que o emprego sofra um impacto", alertou. Respondendo ainda a outra das preocupações demonstradas por Catarina Martins, e depois de, na passada sexta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) ter esclarecido que os bancos poderão assegurar moratórias de créditos a particulares e empresas, António Costa prometeu que ainda "durante esta semana" o Governo irá "aprovar o quadro legislativo necessário para que essas moratórias de créditos" estejam asseguradas. Uma medida "fundamental para que não haja pressão acrescida", sustentou o também secretário-geral do PS.
BE insiste em requisição civil dos privados
A coordenadora bloquista voltou também à carga com a necessidade de se recorrer a uma requisição civil dos privados para reforçar a capacidade instalada do Serviço Nacional de Saúde, dando argumentos para esta decisão como a pressão crescente sobre o SNS neste contexto de pandemia ou algumas decisões tomadas por grupos privados da saúde tais como a venda de testes ao Estado a 100 euros ou o encerramento de urgências pela CUF.
"Não seria a altura de fazer requisição civil aos privados para garantir todos os meios", perguntou, notando que sendo essa requisição "provável" é melhor "fazê-la mais cedo do que tarde", até para facilitar a integração dos serviços.
O líder do Governo não afastou essa possibilidade, porém garantiu que "até agora não se colocou a necessidade de proceder a nenhuma requisição civil". Costa adiantou que o Executivo tem trabalhado para reforçar a articulação, bem como a capacidade de resposta integrada, revelando que as Forças Armadas podem "fornecer 2 mil camas", que a próxima segunda-feira será disponibilizado um piso do antigo Hospital Militar e que serão usados hotéis atualmente sem clientes para "isolar pessoas em isolamento ou internadas em hospitais" que possam ser colocadas noutro local.
(Notícia atualizada)