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Bilionário falido condenado a reembolsar 2,8 mil milhões de dólares ao banco

Tribunal de Dublin condenou um bilionário na falência a pagar quase 3 mil milhões de dólares ao antigo Anglo Irish Bank.

30 de Novembro de 2011 às 18:29
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Sean Quinn, que já foi o homem mais rico da Irlanda, com uma fortuna avaliada em 6 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros), foi condenado pelo tribunal de Dublin a pagar 2,8 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) em dívidas ao Irish Bank Resolution Corporation, a instituição resultante da nacionalização do Anglo Irish Bank, escreve a Forbes.

Este valor é o mais elevado alguma vez imposto a um particular pelo tribunal irlandês. Quinn, que declarou falência na Irlanda do Norte a 11 de Novembro não compareceu em tribunal e afirmou que “a sanção é completamente inútil”, uma vez que estava falido.

Desde o seu pico, em 2008, a fortuna de Quinn foi-se desintegrando, ao ritmo da economia global. Nos anos que antecederam a recessão acumulou uma participação de 25% no Anglo Irish Bank, utilizando instrumentos financeiros de risco, conhecidos como “contratos por diferença”. O valor desses contratos, financiados, em parte, pelo património do Grupo Quinn, afundou com o mercado imobiliário irlandês em 2009, tornando-se inútil quando o banco foi nacionalizado.

Acusado de dever 3,85 mil milhões de dólares (2,44 mil milhões de euros) à entidade, o empresário perdeu o controlo do Grupo Quinn para o banco, em Abril de 2011, e declarou falência na sua terra natal, a Irlanda do Norte, no início deste mês, declarando activos de apenas alguns milhares de euros e um Mercedes-Benz.

A decisão de Quinn em pedir falência a norte da fronteira tinha um objectivo bem definido. Assim, tem de esperar apenas 12 meses antes de poder pedir um empréstimo ou iniciar um negócio no Reino Unido, em oposição aos 12 anos que tinha de esperar se o tivesse feito na República da Irlanda.

O Irish Bank Resolution Corporation contestou a legalidade da decisão de Quinn em declarar falência em Belfast, em vez de Dublin, acusando-o de tentar fugir, deliberadamente, às suas obrigações finaceiras, à custa do contribuinte irlandês.
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