Notícia
Berlusconi vence votação crucial no Parlamento (act.)
O primeiro-ministro conseguiu fazer com que esta tarde o Parlamento italiano aprovasse o relatório relativo à execução orçamental do ano passado. Berlusconi ameaçara apresentar uma moção de confiança se não obtivesse este voto favorável. Cenário de demissão fica, assim, mais distante. Mas Berlusconi não obteve maioria absoluta.
À segunda foi de vez. O primeiro-ministro italiano conseguiu esta tarde reunir os votos necessários no Parlamento para aprovar em definitivo as contas públicas referentes a 2010.
Ainda assim, Sílvio Berlusconi, que lidera uma ampla coligação governamental de centro-direita, foi incapaz de reunir uma maioria absoluta, o que confirma votos dissidentes vindos do seio do arco político que sustenta o seu Executivo.
O relatório foi votado favoravelmente por 308 num total de 630 deputados, menos que os 316 necessários a uma maioria absoluta, numa votação em que os partidos da oposição não participaram alegando tratar-se de um "acto de responsabilidade" no sentido da estabilidade financeira do país. Sem as contas de 2010 aprovadas, o processo relativo ao Orçamento de 2012 ficaria travado.
Segundo relata a Reuters, no rescaldo da votação a oposição reclamou, em bloco, a demissão de Berlusconi, considerando que a perda da maioria absoluta confirma que este não tem condições políticas para prosseguir à frente do Governo italiano.
“Peço-lhe, com todas as minhas forças, para que finalmente se dê conta da situação e se demita”, apelou Pier Luigi Bersani, líder da principal força da oposição, o Partido Democrático.
Berlusconi tem sido crescentemente pressionado, externa e internamente, para que se demita e abra caminho a um novo chefe de Governo no contexto da mesma aliança parlamentar, o que evitaria a necessidade de convocar eleições antecipadas.
Ainda hoje, Umberto Bossi, líder da Liga do Norte e parceiro na coligação, confirmou que já ontem pediu a demissão de Berlusconi e que este cedesse o lugar a Angelo Alfano, secretário-geral do seu partido, o "Povo da Liberdade".
O principal índice da Bolsa italiana permaneceu em terreno positivo, com ganhos acima de 1,5%. No mercado secundário da dívida pública, a "yield" a dez anos continua a subir, acima de 6,7%, mas já esta manhã estivera mais próxima da barreira de não-retorno dos 7%, que acabou por ditar o pedido de ajuda externa da Grécia, da Irlanda e de Portugal.
“Na situação actual, não parece provável que Berlusconi venha a pedir hoje a demissão. A próxima etapa será quando o parlamento votar a moção de confiança associada às medidas de austeridade, o que deverá acontecer nos próximos dias. Ainda não há data marcada”, considera Annalisa Piazza, economista no Newedge Strategy
(notícia actualizada às 16h15)
Ainda assim, Sílvio Berlusconi, que lidera uma ampla coligação governamental de centro-direita, foi incapaz de reunir uma maioria absoluta, o que confirma votos dissidentes vindos do seio do arco político que sustenta o seu Executivo.
Segundo relata a Reuters, no rescaldo da votação a oposição reclamou, em bloco, a demissão de Berlusconi, considerando que a perda da maioria absoluta confirma que este não tem condições políticas para prosseguir à frente do Governo italiano.
“Peço-lhe, com todas as minhas forças, para que finalmente se dê conta da situação e se demita”, apelou Pier Luigi Bersani, líder da principal força da oposição, o Partido Democrático.
Berlusconi tem sido crescentemente pressionado, externa e internamente, para que se demita e abra caminho a um novo chefe de Governo no contexto da mesma aliança parlamentar, o que evitaria a necessidade de convocar eleições antecipadas.
Ainda hoje, Umberto Bossi, líder da Liga do Norte e parceiro na coligação, confirmou que já ontem pediu a demissão de Berlusconi e que este cedesse o lugar a Angelo Alfano, secretário-geral do seu partido, o "Povo da Liberdade".
O principal índice da Bolsa italiana permaneceu em terreno positivo, com ganhos acima de 1,5%. No mercado secundário da dívida pública, a "yield" a dez anos continua a subir, acima de 6,7%, mas já esta manhã estivera mais próxima da barreira de não-retorno dos 7%, que acabou por ditar o pedido de ajuda externa da Grécia, da Irlanda e de Portugal.
“Na situação actual, não parece provável que Berlusconi venha a pedir hoje a demissão. A próxima etapa será quando o parlamento votar a moção de confiança associada às medidas de austeridade, o que deverá acontecer nos próximos dias. Ainda não há data marcada”, considera Annalisa Piazza, economista no Newedge Strategy
(notícia actualizada às 16h15)