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Bem-estar económico dos portugueses aproxima-se da média europeia mas não larga a cauda do euro

Dois indicadores revelados pelo INE mostram que Portugal encurtou a distância face à média da UE tanto no bem-estar da população como na atividade económica. No entanto, o país continua nos últimos lugares entre os membros do euro.

O mercado de trabalho continua a melhorar, mas a um ritmo mais lento.
Bruno Simão
15 de Dezembro de 2020 às 11:16
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O bem-estar económico das famílias portuguesas em relação à média da União Europeia melhorou no ano passado, permanecendo, porém, entre os piores dos parceiros da Zona Euro.

Tendo em conta os dados sobre a Despesa de Consumo Individual per capita (DCIpc), medidos em paridades de poder de compra – um indicador que reflete o bem-estar das famílias – Portugal situou-se, em 2019, em 86,2% da média da UE. Em 2017 estava em 83,4% e, em 2018, em 85,1%, pelo que o bem-estar relativo dos portugueses voltou a melhorar no ano passado face aos concidadãos europeus.

No entanto, olhando para o conjunto dos 19 membros da Zona Euro, Portugal continua a ocupar uma das últimas posições, fixando-se no 13.º lugar da lista, à frente apenas da Estónia, Letónia, Malta, Eslováquia, Eslovénia e Grécia. Esta lista é encabeçada pelo Luxemburgo, onde o bem-estar económico da população é equivalente a 134,6% da média da União Europeia.



Os dados que são compilados e tratados pelo Eurostat, e que o Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulga, mostram que além do indicador de bem-estar das famílias, também o indicador de atividade económica, o PIB per capita, português melhorou face à média dos parceiros da UE.

A subida foi de 0,9% face a 2018, passando este indicador a situar-se em 79,2% da média da UE. Significa isto que o PIB per capita de Portugal ficou cerca de um quinto abaixo da média europeia, e no 16.º lugar da lista dos 19 países da moeda única: abaixo da Estónia (83,8), da Lituânia (83,5) e à frente da Eslováquia (68,2), Letónia (69,1) e Grécia (66,5).

Também aqui o Luxemburgo lidera com o índice de volume mais elevado entre todos os 37 países incluídos nesta análise (260,1), mais de duas vezes e meia acima da média da UE27 e cerca de 5 vezes maior que o da Bulgária (53,0), o país da UE com o valor mais baixo.

"Em termos globais, saliente-se o crescimento significativo dos índices de volume do PIBpc da Roménia e do Montenegro, o primeiro e o segundo mais elevados de todos os 37 países participantes na comparação (6,3% e 4,1%, respetivamente)", destaca o INE. "Em sentido contrário, em 2019, os índices de volume do PIBpc da Noruega e da Turquia apresentaram as reduções mais significativas (-5,7% e -6,2%, respetivamente)".

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