A economia belga contraiu pela primeira vez em mais de dois anos no terceiro trimestre, o que aumenta a pressão sobre o novo primeiro-ministro Elio Di Rupo dado que este já teria planeado cortes no défice, numa tentativa de salvar o país do contágio da crise da dívida soberana.

Após 536 dias sem governo, seis partidos uniram-se numa coligação para formar governo. O Rei Alberto II da Bélgica elegeu ontem Elio Di Rupo, socialista francófono, como novo primeiro-ministro belga.

Um dia depois do governo de Di Rupo ter tomado posse, foi divulgado um relatório que revelou que o produto interno bruto belga, sexta maior economia da Zona Euro, caiu 0,1% no terceiro trimestre face trimestre anterior, quando cresceu 0,4%, de acordo com o Banco Nacional da Bélgica.

A queda do PIB registada no terceiro trimestre foi a primeira desde o primeiro trimestre de 2009, de acordo com a Bloomberg. Em termos anuais, a economia belga já cresceu 1,7% este ano.

A contracção da economia belga surge numa altura em que o Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, prevê uma "recessão moderada no final do ano" na Zona Euro. De acordo com os economistas consultados pela Bloomberg, o BCE irá cortar amanhã a taxa de juro em 25 pontos base para 1%.