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BCE sugere que mantém taxa de juro

O BCE não deverá descer as taxas de juro na sua reunião de amanhã, tendo em conta as declarações de Ernst Welteke, que afirmou hoje que a autoridade monetária europeia deverá evitar movimentos «apressados» das taxas para manter a inflação sob controle.

10 de Abril de 2001 às 16:47
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O Banco Central Europeu (BCE) não deverá descer as taxas de juro na sua reunião de amanhã, tendo em conta as declarações de Ernst Welteke, membro do Conselho de Governadores do BCE, que afirmou hoje que a autoridade monetária europeia deverá evitar movimentos «apressados» das taxas para manter a inflação sob controle.

Welteke, presidente do Bundesbank, afirmou na apresentação do relatório anual daquela instituição que o BCE deverá «continuar a manter baixas as pressões inflacionistas, para evitar possíveis efeitos secundários da subida dos preços do petróleo» que se verificou no ano passado.

O mesmo responsável sublinhou que «uma política firme pode ajudar decisivamente a estabilizar as expectativas dos mercados», indiciando que o BCE poderá não descer as taxas de juro na sua reunião de amanhã, contrariando as previsões da generalidade dos analistas, que apontam para um corte na ordem dos 25 pontos base.

Ao longo das últimas semanas, as expectativas relativamente a um corte nas taxas aumentaram, depois de vários responsáveis do BCE, entre os quais o Governador do Banco de França, Claude Trichet, terem afirmado que a inflação já não era a principal preocupação da instituição.

A principal taxa de juro do BCE, ou REFI, situa-se actualmente nos 4,75%, mantendo-se inalterada desde Outubro do ano passado, com o BCE a ser o único dos principais bancos centrais que ainda não baixou as taxas desde o início deste ano.

Entre Novembro de 1999 e Outubro de 2000, a autoridade monetária europeia subiu por sete vezes o preço do dinheiro na Zona Euro, para combater as pressões inflacionistas decorrentes do aumento dos preços do petróleo e da desvalorização da moeda única nos mercados cambiais.

Em Fevereiro, a inflação da Zona Euro, medida pelo índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), situava-se nos 2,6%, acima da meta traçada pelo BCE, que se situa nos 2%.

O índice de preços no consumidor (IPC) da Alemanha cresceu 0,1% em Março, face ao mês anterior, com a taxa de inflação anual a regredir para os 2,5%, depois de atingir os 2,6% no mês anterior, indiciando o abrandamento das pressões inflacionistas na maior economia da Zona Euro.

A moeda única perdia 0,95% face à divisa norte-americana, para cotar nos 0,8885 dólares, tendo descido abaixo da barreira dos 0,89 dólares após as declarações de Welteke.

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