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BCE reduz taxa de juro para 3,25%
O BCE reduziu a sua principal taxa de juro em 50 pontos base, mais que o esperado, colocando o custo do dinheiro na Zona Euro nos 3,25%, com o objectivo de estimular a economia europeia, na sequência de vários sinais de abrandamento.
Este foi o quarto corte realizado desde o início do ano pela autoridade monetária da Zona Euro, para estimular a economia.
As opiniões dos analistas face ao corte a efectuar pelo BCE dividiam-se em reduções de 25 e 50 pontos base.
O corte efectuado ocorre depois Ernst Welteke, Governador do Banco Central da Alemanha, ter afirmado ontem que a tendência de abrandamento da economia da Zona Euro poderá agravar-se nos próximos tempos, face aos sinais de queda da confiança dos agentes económicos.
A confiança dos empresários na economia da Zona Euro atingiu em Outubro o valor mais baixo dos últimos cinco anos, segundo dados da Comissão Europeia, depois do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter revisto em baixa a estimativa de crescimento para a Zona Euro em 2001, para os 1,6%.
Por outro lado o presidente do BCE, Wim Duisenberg, afirmou no início desta semana que a inflação europeia está a aproximar-se dos valores pretendidos, manifestando-se convicto de que «o Conselho dos Governadores do BCE terá em conta estes factores».
A taxa de inflação da Zona Euro, medida pelo índice de preços no consumidor harmonizado (IPCH), abrandou pelo quinto mês consecutivo em Outubro, para os 2,4%, aproximando-se da meta de 2% traçada pelo BCE.
Nos Estados Unidos (EUA), a Reserva Federal (FED) já cortou a sua taxa directora em 450 pontos base desde o dia 3 de Janeiro, colocando o preço do dinheiro nos 2%, o nível mais baixo dos últimos 40 anos, na tentativa de evitar uma quase certa recessão na maior economia mundial.
O Banco Central de Inglaterra cortou hoje a sua principal taxa de juro em 50 pontos base para os 4%, superando as estimativas dos analistas, que apontavam para redução de 25 pontos base.