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BCE mantém taxa de juro directora inalterada nos 3,75%

O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje inalterada a sua principal taxa de juro nos actuais 3,75%, indo de encontro às previsões dos analistas, ao preferir aguardar por novos sinais de abrandamento da inflação antes de baixar o preço do dinheiro.

27 de Setembro de 2001 às 12:45
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O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje inalterada a sua principal taxa de juro nos actuais 3,75%, indo de encontro às previsões dos analistas, ao preferir aguardar por novos sinais de abrandamento da inflação antes de baixar o preço do dinheiro.

Desde o início do ano, a instituição liderada por Wim Duisenberg, efectuou duas descidas do preço do dinheiro, num total de 75 pontos base, para os 3,75%.

Os analistas estimam que até final de Outubro, o BCE deverá voltar a reduzir os juros em pelo menos 25 pontos base, na tentativa de impulsionar o crescimento económico na Zona Euro .

Segundo dados avançados ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia da Zona Euro vai crescer 1,8% este ano e 2,2% em 2002.

Estes números representam uma revisão em baixa das anteriores previsões do FMI para a progressão do produto interno bruto (PIB) da Zona Euro, que apontavam para um incremento de 2,4% e de 2,8%, respectivamente.

Esta revisão deveu-se às expectativas de que a economia da zona da moeda única poderá sofrer os efeitos dos recentes atentados contra os Estados Unidos (EUA), que deverão contribuir para um maior abrandamento da economia mundial.

Caso se confirmem as previsões de perda de ritmo da economia europeia, o BCE poderá ver-se forçado a baixar novamente os juros, apesar dos indicadores de sentido contrário divulgados recentemente sobre a inflação europeia.

No mês de Agosto, o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) da Zona Euro abrandou para os 2,7%, depois de ter atingido os 2,8% no mês anterior.

Esta evolução colocou este indicador mais próximo da meta delineada pelo BCE, que se situa nos 2%, gerando expectativas de que os preços poderiam continuar a apresentar uma tendência descendente ao longo os próximos meses.

No entanto, segundo dados divulgados hoje, o crescimento do agregado da massa monetária da Zona Euro, ou M3, que funciona como um indicador avançado para a inflação, acelerou em Agosto para os 6,7%, acima dos 6,4% registados em Julho.

Este indicador continuou a afastar-se do objectivo de 4,5% traçado pelo BCE, sugerindo que as pressões inflacionistas poderão voltar a aumentar nos próximos tempos, apesar da autoridade monetária europeia insistir que os números do M3 estão distorcidos para cima em pelo menos 75 pontos base.

A descida dos juros costuma impulsionar o investimento e o consumo, através da diminuição dos encargos associados à contracção de financiamentos. No entanto, esta medida pode provocar também o aumento das pressões inflacionistas, devido ao incremento da procura.

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