Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

BCE deverá manter juros da Zona Euro inalterados nos 4,5%

O Banco Central Europeu (BCE) deverá manter hoje a sua principal taxa de juro, ou REFI, inalterada nos 4,5%, com o aumento das pressões inflacionistas ao longo dos últimos tempos a impedir a descida do preço do dinheiro na Zona Euro.

21 de Junho de 2001 às 10:45
  • ...
O Banco Central Europeu (BCE) deverá manter hoje a sua principal taxa de juro, ou REFI, inalterada nos 4,5%, com o aumento das pressões inflacionistas ao longo dos últimos tempos a impedir a descida do preço do dinheiro na Zona Euro.

Desde o início deste ano, o BCE baixou a sua taxa directora por uma única vez, no dia 10 de Maio, em 25 pontos base para os actuais 4,5%, efectuando a primeira redução dos juros em mais de dois anos, para tentar estimular a economia europeia.

A autoridade monetária europeia reviu recentemente em baixa as suas previsões para o crescimento do produto interno bruto (PIB) na Zona Euro e reviu em alta a previsão para a inflação este ano, no seu relatório mensal de Junho.

A economia dos 12 países que partilham o euro deverá crescer um mínimo de 2,2% este ano, contra a anterior previsão de 2,6%, enquanto os preços no consumidor deverão registar uma subida mínima de 2,3% no final de 2001, o que contrasta com uma estimativa inicial de 1,8%, segundo a mesma fonte.

O índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado da Zona Euro cresceu 0,6% no mês de Maio, elevando a inflação homóloga para os 3,4%, o valor mais elevado desde a introdução do euro, em Janeiro de 1999, e alargando o distância para a meta de 2% traçada pelo BCE.

Quando os juros descem, o investimento e o consumo costumam aumentar, impulsionados pela diminuição dos custos inerentes à contracção de financiamentos, mas este movimento pode levar também ao aumento das pressões inflacionistas, devido ao incremento da procura, uma situação que está a limitar as decisões do BCE em termos de política monetária.

Os analistas só acreditam numa nova redução das taxas de juro quando existirem indícios de recuo das pressões inflacionistas, apesar dos últimos indicadores económicos terem lançado novos sinais de abrandamento para a economia da Zona Euro.

A produção industrial da zona da moeda única recuou 0,5% em Abril, face ao mês anterior, registando uma quebra superior à estimada pelos analistas. Esta foi a segunda diminuição mensal consecutiva, depois deste indicador ter apresentado uma descida de 0,3% em Março.

A agravar estes indícios, o Bundesbank adiantou, no seu relatório mensal de Junho que o crescimento da economia da Alemanha, a maior da Zona Euro, continuou a ser «muito fraco» no segundo trimestre deste ano, sublinhando que «o número de empregados não aumentou desde Dezembro».

Entre os principais bancos centrais mundiais, o BCE foi o que reduziu menos as taxas de juro desde o início deste ano. A descida de 25 pontos base efectuada pelo BCE compara com a diminuição total de 250 pontos base efectuada pela Reserva Federal (FED) norte-americana desde o dia 3 de Janeiro, em cinco ocasiões distintas.

Após estes cortes, a principal taxa de juro da autoridade monetária norte-americana baixou para os actuais 4%, tendo o preço do dinheiro nos Estados Unidos (EUA) passado a estar a um nível inferior ao verificado na Zona Euro, o que não acontecia desde a introdução da moeda única.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio