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Resultados trimestrais dão ligeiro impulso a Europa. Barclays subiu mais de 4%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
Resultados trimestrais dão ligeiro impulso a Europa. Barclays subiu mais de 4%
Os principais índices europeus terminaram a negociação desta quinta-feira sem rumo, ainda assim, a recuperar de quedas registadas há três sessões consecutivas. Os investidores avaliam os novos dados relativos à atividade empresarial do bloco europeu, que refletiram uma estagnação, à medida que a procura interna e externa cedeu, o que pode dar mais pistas ao mercado sobre a perspectiva de corte de juros pelo Banco Central Europeu.
"Talvez a economia não esteja tão má quanto o PMI compósito sugere, mas está a preparar o mercado para um corte de 50 pontos base dos juros em dezembro", disse Stefan Koopman, do Rabobank, à Reuters.
O "benchmark" europeu terminou praticamente inalterado, com uma subida de apenas 0,03% para 518,98 pontos, com o setor das viagens a subir mais de 3%, seguido pelos artigos para o lar que avançou mais de 1% e o das telecomunicações que ganhou perto de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado, as ações do Barclays tocaram máximos de outubro de 2015 depois de o banco ter anunciado resultados do terceiro trimestre. Antes de impostos, os resultados subiram 18% para 2,2 mil milhões de libras (o consenso dos analistas apontava para 2 mil milhões), graças a receitas mais elevadas, menores custos e ao crescimento da unidade de investimento. Os lucros de 1,6 mil milhões representam um aumento de 23%. Esta quinta-feira, as ações da empresa somaram mais de 4%.
A Unilever subiu perto de 3% depois de anunciar aumentos nas vendas no último trimestre, o melhor dos últimos três anos e meio. O mesmo sucedeu com a Hermès, que somou 1% e sustentou os ganhos no setor de luxo, a par da Kering, dona da Gucci, que registou ganhos de 2%.
Também as receitas trimestrais da Renault aceleraram as ações da empresa perto de 5%.
Entre os maiores avanços do Stoxx esteve a sueca Evolution, que escalou quase 15% após divulgar lucros do terceiro trimestre, a par da fabricante de produtos eletrónicos Mycronic, que saltou mais de 10% depois de apresentar lucros trimestrais acima das expetativas.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,34%, o francês CAC-40 valorizou 0,08%, o britânico FTSE 100 subiu 0,13% e o AEX, em Amesterdão, registou um acréscimo de 0,67%. Em queda a par do português PSI ficou o espanhol IBEX 35, que recuou 0,21%.
Juros aliviam na Zona Euro. Ratings da UE, França e Itália a caminho
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta quinta-feira, em contraciclo com as do Reino Unido, um dia antes de a Moody's avaliar o rating da França e a DBRS da Itália e União Europeia.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, recuou 4,6 pontos base para 2,681%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola cedeu 4,5 pontos base para 2,954%. A "yield" das obrigações soberanas italianas caiu 4,7 pontos para 3,471%.
Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, aliviou 3,8 pontos base, para 2,264%, e a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade cedeu 4,3 pontos base, para 2,988%.
Por outro lado, fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, agravaram-se 3,6 pontos base para 4,235%.
Excesso de oferta de petroleo supera risco no Médio Oriente. Crude recua
Os preços do petróleo estão a ceder, num momento em que a perspetiva de excesso de oferta da matéria-prima no mercado ofusca a perceção de risco no conflito no Médio Oriente, à medida que a possibilidade de um contra-ataque de Israel ao Irão para breve se afasta. O Governo de Israel anunciou que as forças especiais de operação israelitas vão reunir com os representantes do Qatar, Egito e EUA na próxima semana.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – desce 1,02% para os 70,05 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – recua 0,91% para os 74,28 dólares por barril.
"Na ausência de novos desenvolvimentos geopolíticos, a resistência dos preços do petróleo parece ser menor", disse Rebecca Babin, do CIBC Private Wealth Group, em declarações à Bloomberg. "As preocupações com a procura estão a impulsionar a subida dos 'spreads', ao mesmo tempo que a perspetiva pessimista para 2025 está a manter os potenciais investidores à margem", acrescentou.
As preocupações com a oferta e a procura tem levado o "ouro negro" a uma negociação volátil este mês. Embora o consumo de crude tenha vacilado por parte da China (mesmo com as autoridades a aumentarem os estímulos de compra), as refinarias dos EUA atingiram um máximo sazonal de seis anos.
Dólar desvaloriza enquanto investidores analisam novos dados económicos
O dólar continua a perder face às principais divisas rivais, enquanto acompanha um alívio das "yields" da dívida norte-americana. Os investidores tentam perceber qual o rumo que os decisores de política monetária do país irão seguir, sendo que se aponta agora para um ritmo mais lento de cortes das taxas diretoras por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Esta tarde foram conhecidos os números de pedidos de subsídio de desemprego no país, que se mantiveram abaixo das expectativas.
O Índice de dólar da Bloomberg, que mede a força da moeda contra as principais divisas rivais, cai 0,21% para 104,212 pontos.
O dólar recua 0,55% para os 151,920 ienes.
Quanto ao número de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, registou-se uma queda, para os 227 mil, na semana terminada a 19 de outubro. Este foi o valor mais baixo desde o início do mês, e muito abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para os 242 mil pedidos de subsídio de desemprego. Esta queda apoiou a opinião de que o mercado de trabalho dos EUA permanece relativamente resistente.
Por cá, o euro segue a valorizar 0,16% para os 1,080 dólares. Também a libra ganha terreno e sobe 0,29%, para os 1,296 dólares.
Ouro ganha terreno enquanto ativo-refúgio. Paládio sobe mais de 7%
O ouro continua a avançar esta quinta-feira, suportado pela maior procura por ativos-refúgio. À medida que se aproximam as eleições presidenciais dos EUA e enquanto se assiste a um aumento das tensões geopolíticas, no Médio Oriente e não só, o metal amarelo tem batido sucessivos máximos históricos.
O ouro segue a valorizar 0,64%, para os 2.732,900 dólares por onça.
"Temos as eleições americanas dentro de 10 dias e um cenário geopolítico muito complicado. Nesta situação, os investidores estão a apostar no ouro", disse à Reuters Carlo Alberto De Casa, analista da Kinesis, acrescentando que a procura de ouro por parte dos bancos centrais também está a apoiar os preços do metal amarelo.
Entre outros metais preciosos, o paládio subiu cerca de 8% para um máximo de quase 10 meses, devido aos receios de sanções contra a Rússia, o maior produtor do metal. Isto depois de várias notícias terem dado conta de que os EUA pediram aos membros do G7 para considerarem a aplicação de sanções ao paládio e titânio russos.
O paládio valoriza a esta hora 7,52% para os 1.146,110 dólares por onça.
Tesla acelera otimismo em Wall Street. S&P e Nasdaq recuperam
As principais bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta quinta-feira em terreno misto, com apenas o industrial Dow Jones a recuar. Os "traders" estão ainda a reagir aos mais recentes resultados trimestais das gigantes de Wall Street.
Novos dados da economia dos EUA demonstraram que os pedidos de subsídio de desemprego caíram na semana passada para 227 mil, marcando a segunda semana consecutiva de descidas. Os números revelam uma maior saúde no mercado de trabalho e deveria dar impulso ao mercado de ações, mas os investidores estão a reorganizar as seus carteiras com foco nos resultados corporativos.
Ainda assim, "os dados, que estão em linha com as expectativas (ou seja, nem muito bons, nem muito maus), são o melhor resultado para uma recuperação contínua das ações e obrigações", explicou Tom Essaye, no The Sevens Report, à Bloomberg.
O S&P 500 avança 0,23% para 5.810,56 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq negoceia em alta e valoriza 0,6% para 18.836,18 pontos. Já o Dow Jones Industrial Average cai 0,3% para 42.398,56 pontos.
As ações de tecnologia lideraram o ataque no mercado. O otimismo surgiu à boleia da Tesla que sobe 16,9% após ontem, depois do fecho de mercado, a fabricante de veículos ter divulgado lucros de 2,505 mil milhões de dólares, superando as estimativas dos analistas. Apesar de as receitas terem ficado áquem do previsto, a empresa criada por Elon Musk prevê um crescimento de até 30% nas vendas de carros em 2025.
Os resultados ontem reportados deram pujança a outras das "Sete Magníficas", que devem apresentar resultados trimestrais na próxima semana. A esta hora, a Nvidia sobe 0,8%, enquanto a Amazon e a Meta Platforms somam perto de 0,5%.
Ainda na época de lucros, as ações da distribuidora UPS aumentam perto de 7% com o anúncio de que os lucros do último trimestre registaram uma subida inesperada. Também a concorrente FedEx avança mais de 2%.
Já a fabricante de aviões Boeing cede 1,8% após os trabalhadores terem ontem rejeitado uma nova oferta de contrato e continuado uma greve que já dura há mais de cinco semanas - o que tem feito os prejuízos da empresa dispararem.
Resultados positivos impulsionam bolsas europeias
Os principais índices europeus estão a negociar em alta esta quinta-feira, à boleia de resultados positivos de cotadas do bloco que põem o índice de referência do Velho Continente, o Stoxx 600, a caminho de deixar para trás três sessões em queda.
O "benchmark" europeu soma 0,56% para 521,73 pontos, com o setor das viagens a subir mais de 2%, seguido pelo das telecomunicações, de petróleo e gás e de artigos para o lar a valorizarem mais de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado, a Unilever ganha quase 4% depois de ter divulgado uma melhoria das vendas no último trimestre, enquanto Barclays sobe mais de 4%, após ter revelado um aumento nas receitas de "trading". Ainda no setor da banca o sueco SEB cai 5,55% depois de ter divulgado uma margem financeira abaixo do esperado
Já a Renault pula mais de 6% depois de ter confirmado as perspetivas de "guidance" para o resto do ano, enquanto a fabricante de pneus Michelin cai quase 4% após ter reduzido as perspetivas em termos de faturação para 2024.
No setor do luxo, a Kering soma mais de 1%, mesmo depois de ter atualizado as perspetivas para o resto do ano abaixo do esperado, enquanto a Hermès avançou 2% ao registar um aumento das vendas.
Os resultados do terceiro trimestre têm, até agora, sido mistos, com cerca de 42% das empresas no índice MSCI Europe a superarem as estimativas e 34% a falharem essa meta.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,63%, o francês CAC-40 valoriza 0,58%, o italiano FTSEMIB ganha 0,6%, o britânico FTSE 100 sobe 0,73% e o espanhol IBEX 35 avança 0,39%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 1,11%.
Dólar em queda à espera de novos dados dos EUA
O dólar está a negociar em queda contra as principais divisas rivais, acompanhando um alívio das "yields" da dívida norte-americana. Os investidores centram-se em dados da economia norte-americana, como os números de pedidos de subsídio de desemprego e a atividade empresarial, que permitam melhor compreender o caminho futuro da política monetária da Reserva Federal.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da moeda em relação às suas principais divisas concorrentes – recua 0,22% para 104,206 dólares. A "nota verde" desvaloriza 0,4% para 152,15 ienes, recua 0,15% para 0,9261 euros e 0,36% para 0,7711 libras.
"As expectativas do mercado em relação a uma flexibilização da política monetária pela Fed ajustaram-se após os mais recentes dados sólidos sobre economia norte-americana, mas continuam a ser demasiado 'dovish'", referem os estrategas Win Thin e Elias Haddad da Brown Brothers Harriman, numa nota vista pela Bloomberg.
E "à medida que a reavaliação da Fed continua, o dólar deverá voltar aos ganhos", acrescentam.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a aliviar esta quinta-feira, numa altura em que os investidores aguardam novos dados dos índices de gestores de compras (PMI) compósitos de vários países da Zona Euro, que permitirão avaliar o estado da atividade económica nos setores dos serviços e indústria individualmente e em conjunto.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, recua 2,1 pontos base para 2,706%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola cede 2,5 pontos base para 2,974%. A "yield" das obrigações soberanas italianas cai 3,2 pontos para 3,486%.
Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, alivia 1,7 pontos base, para 2,285%. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade cai 2 pontos base, para 3,011%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, agravam-se 5 pontos base para 4,249%.
Paládio pula quase 5% com sanções à Rússia no horizonte
Os preços do ouro estão a negociar em alta esta quinta-feira, sustentados por maior procura por ativos-refúgio. Ainda entre os metais preciosos, o paládio está a negociar em máximos de um mês.
O metal amarelo sobe 0,79% para 2.737,08 dólares por onça.
Por sua vez, o paládio pula 4,86% para 1.117,76 dólares por onça, depois de várias notícias terem dado conta de que os Estados Unidos pediram aos membros do G7 para considerarem a aplicação de sanções ao paládio e titânio russos.
"No entanto, poderá ser difícil convencer outras nações a impor sanções ao paládio russo, dado o seu domínio como fornecedor mundial, que representa cerca de 40% da oferta mundial", pode ler-se numa nota do ING vista pelo Negócios.
Petróleo ganha mais de 1% à boleia de novas tensões no Médio Oriente
Os preços do petróleo estão a valorizar cerca de 1% esta quarta-feira, quase a reverter as perdas das últimas sessões, numa altura em que as tensões no Médio Oriente estão novamente a centrar atenções.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – soma 1,07% para os 71,53 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,96% para os 75,68 dólares por barril.
Os preços do petróleo seguem a somar quase 4% esta semana, invertendo a queda de 7% na semana passada, em que os dois "benchmarks" foram pressionados por preocupações relativamente aos níveis de procura na China e potenciais disrupções dos conflitos no Médio Oriente.
O mercado está ainda a avaliar os dados relativos aos inventários de crude divulgados pela Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia), que aumentaram em 5,5 milhões de barris na semana passada, acima das expectativas dos analistas que esperavam uma subida na ordem dos 270 mil barris.
Apesar da acumulação de "stock", a procura implícita ainda cresceu, escreveram os analistas da ANZ numa nota vista pela Bloomberg.
Futuros da Europa apontam para ganhos após três dias de queda. Ásia no vermelho
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura em alta esta quinta-feira, depois de três sessões consecutivas em baixa, com elevada volatilidade definida pela reação dos investidores aos resultados trimestrais das cotadas de vários setores.
Os futuros do Euro Stoxx 50 somam 0,24%.
O mercado acionista europeu deverá assim inverter a tendência da sessão asiática, em que as preocupações como a economia chinesa e uma corrida renhida à Casa Branca levaram os principais índices ao vermelho.
A registar a maior queda, superior a 1%, está o Hang Seng, em Hong Kong, que retomou as quedas, juntamente com o índice continental Shanghai Composite (-0,68%), depois de setembro ter sido de fortes ganhos.
Os investidores continuam a avaliar o compromisso de Pequim em implementar medidas de estímulo à economia, com poucos detalhes ainda conhecidos sobre os planos do governo.
"Ainda há dúvidas sobre se o estímulo altera as coisas de forma significativa para a China", afirmou à Bloomberg Vanessa Xu, diretora de investimentos da VS Partners. As grandes oscilações de preços das ações chinesas nas últimas semanas refletem "um braço de ferro entre o dinheiro 'de turistas' e o capital a longo prazo, mais sério", acrescentou.
No Japão, o Nikkei avança 0,1% e o Topix cede 0,05%. Na Coreia do do Sul, o Kospi cai 0,71%.