Notícia
Bastonário dos Economistas diz que portugueses são culpados da austeridade
O bastonário da Ordem dos Economistas, comentando a situação de austeridade, afirmou que os portugueses são os "culpados" porque aceitaram viver durante os últimos anos numa "sociedade assente nos princípios de pouca riqueza criada e muito financiamento alheio".
20 de Outubro de 2011 às 13:02
Em declarações à Lusa no 4º Congresso de Economistas que decorre em Lisboa até sexta-feira, Rui Leão Martinho afirmou que partilha da opinião da maioria dos economistas que participam no evento, segundo a qual Portugal parte de "uma situação difícil" e que, "apesar de uns poderem ser mais culpados que outros, todos os portugueses aceitaram durante os últimos anos, e são muitos, uma sociedade assente nos princípios de pouca riqueza criada, muito financiamento alheio e uma sociedade que viveu sobretudo de crédito".
O bastonário refere ainda que Portugal criou uma sociedade que abandonou os sectores tradicionais "por variadíssimas razões", e de ter desindustrializado o País, "quer pelo abandono das multinacionais para destinos mais favoráveis, quer por nossa própria opção" e agora "vemos que é insuficiente para custear o 'standard' de vida das famílias e das empresas".
Para Rui Leão Martinho, esta é a altura de se "encontrar um caminho para aumentar a competitividade, a produtividade e criar mais riqueza", já que a situação actual "não tem alternativa e, portanto há que trabalhar e cumprir o programa de austeridade e depois aproveitar as janelas de oportunidades".
Das opiniões ouvidas durante o congresso, Rui Leão Martinho destacou a necessidade de um programa de austeridade, que "tem de ser cumprido", com a ideia que Portugal tem "de passar este período de combate, com sofrimento, com dor, com sacrifício para podermos ter outra credibilidade na renegociação que seja necessária ou no relançamento da economia portuguesa".
O bastonário prevê que, para as famílias, "haverá um esforço adicional de alguma austeridade que não se esgota nos próximos dois anos", aconselhando-as a mudar o estilo de vida "que tem de ser mais frugal, mais discreto".
Em relação às empresas, Rui Leão Martinho adianta que têm de "abandonar a ideia de que o desenvolvimento das empresas se faz com base em financiamento e terá que ser feito sobretudo em capital ou com o recurso a outros meios, como é por exemplo, serem cotadas em bolsa".
O 4º Congresso dos Economistas iniciou-se na quarta-feira e termina na sexta-feira com o encerramento a ser presidido pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
O bastonário refere ainda que Portugal criou uma sociedade que abandonou os sectores tradicionais "por variadíssimas razões", e de ter desindustrializado o País, "quer pelo abandono das multinacionais para destinos mais favoráveis, quer por nossa própria opção" e agora "vemos que é insuficiente para custear o 'standard' de vida das famílias e das empresas".
Das opiniões ouvidas durante o congresso, Rui Leão Martinho destacou a necessidade de um programa de austeridade, que "tem de ser cumprido", com a ideia que Portugal tem "de passar este período de combate, com sofrimento, com dor, com sacrifício para podermos ter outra credibilidade na renegociação que seja necessária ou no relançamento da economia portuguesa".
O bastonário prevê que, para as famílias, "haverá um esforço adicional de alguma austeridade que não se esgota nos próximos dois anos", aconselhando-as a mudar o estilo de vida "que tem de ser mais frugal, mais discreto".
Em relação às empresas, Rui Leão Martinho adianta que têm de "abandonar a ideia de que o desenvolvimento das empresas se faz com base em financiamento e terá que ser feito sobretudo em capital ou com o recurso a outros meios, como é por exemplo, serem cotadas em bolsa".
O 4º Congresso dos Economistas iniciou-se na quarta-feira e termina na sexta-feira com o encerramento a ser presidido pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.