"Penso que, na história da integração europeia, este é um dos momentos mais críticos em termos de definições: para onde vamos, o que está em jogo e o que precisamos de fazer. Considero também que o próximo Conselho Europeu é um dos mais críticos, e é por isso que o temos de preparar da melhor maneira", disse, durante uma "mesa redonda' organização pelo grupo de reflexão "Friends of Europe".

Lembrando o contributo que o seu executivo deu para a cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, através da apresentação, na véspera, de um "roteiro económico" que aponta as vias para a Europa sair da crise, José Manuel Durão Barroso disse que se podia discutir horas a fio os detalhes técnicos das propostas contidas nesse documento, mas o que está em jogo no próximo Conselho Europeu é sobretudo de cariz político.

"O Conselho Europeu de 23 de Outubro é sobretudo acerca de decisões políticas, sobre a confiança política que pode criar. Trata-se de tornar claro que existe a vontade política de alcançar um compromisso decisivo e essencial e decisões concretas", afirmou.

O Conselho Europeu esteve inicialmente agendado para 17 e 18 de Outubro, tendo sido adiado para 23 de forma a haver mais tempo para "finalizar uma estratégia abrangente para a crise da dívida soberana na Zona Euro", como justificou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

Concluída a missão da 'troika' na Grécia, e esperando-se que a qualquer momento se removam os derradeiros obstáculos à ratificação do fundo europeu de estabilização financeira pela Eslováquia, a cimeira de dia 23 deverá ser antecedida por reuniões dos ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo) e da UE (Ecofin).