Notícia
Bancos europeus reduzem exposição ao sul da Europa
No final de 2010, os bancos europeus tinham reduzido entre 20% e 30% a exposição a dívida dos países periféricos da Zona Euro: Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha. Portugal registou a menor descida percentual.
A estratégia seguida pelas instituições financeiras europeias em relação a estes países, em 2010, foi de redução de exposição, de acordo com os dados publicados pelo Bank of International Settlements (BIS) e citados pelo “Cinco Dias”.
Os países mais penalizados não foram apenas aqueles que solicitaram ajuda externa da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas também a Espanha e a Itália, que foram “arrastados” pelos receios de um contágio da crise da dívida soberana.
O país alvo de uma maior quebra nas operações de crédito foi a Grécia, com os bancos a reduzirem a sua exposição ao país helénico em 30%, ou 40 mil milhões de euros. Nas últimas semanas, acentuaram-se as preocupações em torno da Grécia, temendo-se inclusive a necessidade de uma reestruturação da sua dívida.
A especulação que marca a sessão de hoje nas bolsas europeias é de que a Grécia acabe por solicitar um alargamento do programa de ajuda, no valor de 110 mil milhões de euros, num dia marcado pelas reuniões dos ministros das Finanças europeus.
A Irlanda, segundo país a pedir ajuda externa, foi também o segundo país no que diz respeito à maior percentagem de quebra de exposição dos bancos europeus. A descida ascendeu a 29%.
Em relação a Espanha, a exposição diminuiu 24,2% face ao ano anterior, o que significa que os bancos europeus não renovaram ou encerraram operações de crédito no valor de 201,5 mil milhões de dólares (142 mil milhões de euros) ao Governo, empresas e famílias espanholas.
Itália e Portugal registaram diminuições menos acentuadas de 24% e 20%, respectivamente. No caso português, o valor dos créditos era de 243,3 mil milhões de dólares (172,3 mil milhões de euros), no final de 2009, e caiu para 194,6 mil milhões de euros (137,8 mil milhões de euros), no final do ano passado.
"O aumento da aversão ao risco explica estes valores. Os bancos paulatinamente não renovaram as operações para diminuir a exposição inclusive a países que poderiam necessitar de ajuda no futuro, como Espanha ou Itália", afirmou ao “Cindo Días” Daniel Pingarrón, estratega de mercados do IG Markets.
Quanto às maiores economias da região, também foi sentida uma queda, mas inferior. A exposição a França desceu 4,1% e face à Alemanha, país que está na liderança, cedeu 5,6%.
Os bancos dos Estados Unidos seguiram, em 2010, uma estratégia semelhante. A exposição à Grécia caiu 56% e a Espanha recuou 19%. Contudo, elevaram o valor das operações de crédito aos países “core” da Europa. À França a exposição cresceu 71% e à Alemanha elevou-se em 58%.
Os países mais penalizados não foram apenas aqueles que solicitaram ajuda externa da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas também a Espanha e a Itália, que foram “arrastados” pelos receios de um contágio da crise da dívida soberana.
A especulação que marca a sessão de hoje nas bolsas europeias é de que a Grécia acabe por solicitar um alargamento do programa de ajuda, no valor de 110 mil milhões de euros, num dia marcado pelas reuniões dos ministros das Finanças europeus.
A Irlanda, segundo país a pedir ajuda externa, foi também o segundo país no que diz respeito à maior percentagem de quebra de exposição dos bancos europeus. A descida ascendeu a 29%.
Em relação a Espanha, a exposição diminuiu 24,2% face ao ano anterior, o que significa que os bancos europeus não renovaram ou encerraram operações de crédito no valor de 201,5 mil milhões de dólares (142 mil milhões de euros) ao Governo, empresas e famílias espanholas.
Itália e Portugal registaram diminuições menos acentuadas de 24% e 20%, respectivamente. No caso português, o valor dos créditos era de 243,3 mil milhões de dólares (172,3 mil milhões de euros), no final de 2009, e caiu para 194,6 mil milhões de euros (137,8 mil milhões de euros), no final do ano passado.
"O aumento da aversão ao risco explica estes valores. Os bancos paulatinamente não renovaram as operações para diminuir a exposição inclusive a países que poderiam necessitar de ajuda no futuro, como Espanha ou Itália", afirmou ao “Cindo Días” Daniel Pingarrón, estratega de mercados do IG Markets.
Quanto às maiores economias da região, também foi sentida uma queda, mas inferior. A exposição a França desceu 4,1% e face à Alemanha, país que está na liderança, cedeu 5,6%.
Os bancos dos Estados Unidos seguiram, em 2010, uma estratégia semelhante. A exposição à Grécia caiu 56% e a Espanha recuou 19%. Contudo, elevaram o valor das operações de crédito aos países “core” da Europa. À França a exposição cresceu 71% e à Alemanha elevou-se em 58%.