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Banco de Fomento contará com 1.500 milhões de euros de fundos europeus

O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, afirmou hoje que deverão ser afectos à Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), conhecida como Banco de Fomento, 1.500 milhões de euros em fundos europeus.

Bruno Simão/Negócios
11 de Setembro de 2014 às 21:00
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"Não há um valor fixo, mas há um valor indicativo de fundos europeus que vão ser afectos a esta instituição, no montante de 1.500 milhões de euros", disse o governante, acrescentando que este valor "significa aproximadamente 7% dos fundos europeus e cerca de 30% do financiamento que está especificamente dirigido às empresas".

 

Manuel Castro de Almeida falava aos jornalistas à margem do seminário "Fundos Estruturais, Novo Banco de Fomento e Competitividade das Empresas", que hoje decorreu no Porto, e depois de já ser conhecida a decisão do Conselho de Ministros face à IFD, cuja operação se vai iniciar gradualmente a partir do último trimestre deste ano, com um capital inicial de 100 milhões de euros, conforme anunciou o ministro da Economia.

 

O secretário de Estado reafirmou estes dados, aproveitando para vincar a vocação da nova instituição: "Vai ter uma missão muito importante no financiamento às Pequenas e Médias Empresas (PME), usando basicamente fundos europeus mas não só".

 

"Hoje há um problema sério em Portugal, porque há escassez de crédito e, quando há crédito, a taxa de juro é bem mais elevada do que aquilo que se passa nas PME da zona euro. Vamos tentar ajudar a resolver esse problema da falta de crédito ou de crédito demasiado caro através da IFD", reforçou o secretário de Estado.

 

Manuel Castro Almeida disse acreditar que "ainda este ano" seja "possível haver acção concreta da parte da nova instituição e logo no início do ano haver também fundos europeus a chegar [à IFD]".

 

Questionado sobre como será liderada esta instituição, o governante referiu que, "neste momento, continua em funções a comissão instaladora" e acrescentou que, "quando houver banco formalmente instituído, haverá uma administração nomeada de acordo com as regras que o decreto-lei define".

 

"O que há de novo é o reconhecimento de que há um problema importante nas empresas que é um problema de crédito, o financiamento das nossas empresas que têm um crédito a taxas de juro alto e têm capitais próprios muito baixos. Para resolver esse problema cria-se uma instituição financeira especializada que vai ter uma dotação de capital importante para afectar à resolução desse problema", completou o secretário de Estado.

 

De acordo com o que foi divulgado esta tarde, após o Conselho de Ministros, a comissão instaladora do IFD é liderada pelo antigo director-geral do Millennium investment banking, Paulo de Azevedo Pereira da Silva, e mantém como vogais Carla Chousal, ex-administradora da RTP e do BPI, e Nuno Miguel Soares, que também integrou a direcção do BCP.

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